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  Escutas do Sensível: Práticas corporais entre artes, esportes, sexualidade.
   
 

Me. Paulo Sérgio Rodrigues de Paula - doutorando UFSC
Me. Luciano Jahnecka - doutoranda UFS

Ementa: O Simpósio Temático tem como objetivo trazer historicidades para discutir certas práticas corporais presentes na contemporaneidade. Se por uma série de estudos, alguns elementos podem ser qualificados como "históricos" e reforçam muito mais as rupturas do que as continuidades, trata-se de analisar como chegamos a viver do modo como vivemos a partir de dispositivos encontrados em práticas artísticas, esportivas e sexuais relacionadas ao corpo. Este último – o corpo –, como conceito central para a discussão, é frequentemente dotado de configurações "biológicas" que minimizam a importância dos aspectos sócio-político-culturais, assim nossas questões e desafios de pesquisa concentram-se em identificar estas mudanças e, mais do que isso, como foram e são transformadas as práticas corporais, isto significa, historicizar o corpo.

Justificativa e objetivos: A noção de “corpo vibrátil” (Rolnik, 1989) nos oferece uma possibilidade de tratar o corpo composto por uma série de intensidades altas e baixas que subvertem os “universais” e recusam os “essencialismos” para falar de algo ou alguém. Esta dimensão “vibrátil” de nós (nosso corpo), é que torna possível realizar uma “escuta” de práticas que assumem uma condição de invisíveis e invisibilizadas. Assim, o objetivo deste Simpósio Temático é discutir as historicidades presentes e ausentes em práticas corporais que não vêm merecendo uma abordagem mais sistemática na produção do conhecimento, como por exemplo, as práticas esportivas e sexuais, e em menor número, as artísticas. Como indicação central para contrapor esta falta de interesse nas micro-histórias relacionadas ao corpo estão os trabalhos de Georges Vigarello (2008) e Denise Bernuzzi de Sant’anna (1995).
Na definição clássica de filósofos da antiguidade a vida foi tomada como "bios" (vida biológica) e "zoo" (vida qualificada a qual adquire formas). Em uma série de estudos o corpo ainda vem sendo tratado como um objeto sem historicidade, tomado unicamente como "bios". Além disso, com este simpósio, pretendemos discutir a produção de um conhecimento que pode ser utilizada por pesquisas na área disciplinar da História, e como estas se relacionam com outras áreas, formando assim um conhecimento “interdisciplinar”.

Referências bibliográficas
BOZON, Michel. Sociologia da sexualidade. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 2004.
COURBIN, Alain; COURTINE Jean-Jacques ; VIGARELLO, Georges (orgs.). História do corpo. Volumes 1, 2 e 3. Trad. Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Vozes, 2008.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade. A vontade de saber. vol 1. 13. ed. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque e J.A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Graal, 1999.
______. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. 36. ed. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 2007.
FRAGA, Alex Branco. Corpo, identidade e bom-mocismo: cotidiano de uma adolescência bem-comportada. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
GUATARRI, Felix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1996.
LE BRETON, David. A sociologia do corpo. 2. ed. Trad. Sônia M. S. Fuhrmann. Petrópolis: Vozes, 2007.
MUCHAIL, Salma Tannus. Há verdade(s). In: ALMEIDA, M. da Conceição; KNOBBE, Margarida Maria; ALMEIDA, Ângela (Orgas.). Polifônicas ideias: por uma ciência aberta. Porto Alegre: Editora Sulina, 2003.
ROLNIK, Suely. Cartografia Sentimental. Transformações contemporâneas do desejo. São Paulo: Estação Liberdade, 1989.
SANT’ANNA, Denise Bernuzzi de (org.). Políticas do corpo. São Paulo: Estação Liberdade, 1995.
______. A insustentável visibilidade do corpo. Labrys estudos feministas. n. 4. ago/dez de 2003.
THOMPSON, Paul. A voz do passado: História Oral. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1998.

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CRONOGRAMA

27/03 a 14/05: inscrições de propostas de simpósios temáticos

21/05: divulgação das propostas de simpósios temáticos aprovadas

Cronograma completo