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  História, sociedade e cultura: o significado político da tradição.
   
 

Dra. Sônia Maria Schio - UFPEL
Bach. Giovane Rodrigues Jardim – Mestrando UFPEL

Resumo: Os Movimentos Totalitários do séc. XX se apresentaram como eventos inéditos ao ser humano, pois não puderam ser previstos, e após, serem compreendidos. Nesse sentido, há ainda muitas questões, como por exemplo, como os ensinamentos da tradição puderam ser esquecidos e, muitas vezes pervertidos. Tais perguntas expõem um conjunto de problemas que perpassam os mais variados campos do saber. A Filosofia Política, com teóricos como Arendt e Adorno, mas também Marcuse, Ricoeur e Candau, e com o recurso às áreas de História, de Antropologia, Direito, Economia, entre outras, fornece inúmeras hipóteses. Destacar-se-ão, na presente propostas, aquelas que tematizam a sociedade de massas, a ruptura na tradição de pensamento, a memória/esquecimento, a legalidade/legitimidade da lei, a cidadania, os Direitos Humanos, enfim conteúdos com implicações históricas imprescindíveis de serem discutidos para que haja um conhecimento/reconhecimento do passado em vistas a não se repetirem no futuro.

Justificativa e objetivos: Discutir, no âmbito da História, o significado político da tradição, enquanto continuidade, destacando os conceitos de memória e identidade, em vista de enfrentar filosoficamente as questões expostas pelos Totalitarismos no século XX, com sua origem na “boa sociedade”, e sua culminância em uma “sociedade de massa”, na qual a “ruptura da tradição” demonstrou sua faceta de negatividade. Concentram-se nesta problemática em torno da História, sociedade e cultura, pesquisas que visam a aprofundar as contribuições de Hannah Arendt, Theodor Adorno, Herbert Marcuse, Paul Ricoeur, Joel Candau entre outros, cuja elaboração teórica é profícua para a temática em torno do significado político da tradição e suas implicações históricas, culturais, mas, sobretudo, humanas.
Objetivos:
1) Relacionar os acontecimentos dos Totalitarismos às suas origens históricas;
2) Destacar o papel da memória (ou sua ausência) quanto ligada à tradição que embasa a vida humana;
3) Evidenciar que há uma diferença significativa entre a legalidade e a moralidade jurídica em uma sociedade, o que ficou explícito nos eventos Totalitários do séc. XX;
4) Oportunizar um diálogo interdisciplinar em torno da temática da tradição e do seu significado político para o pensamento, a compreensão, e a cultura.  

Referências Bibliográficas:
ADORNO, Theodor W. Dialética Negativa. Rio de Janeiro: Jorge Zohar, 2009.
ARENDT, Hannah. Compreender : formação, exílio e totalitarismo (ensaios). São Paulo : Cia das Letras/Belo Horizonte : Ed. UFMG, 2008.
_____. Eichmann à Jerusalém: rapport sur la banalité du mal. Paris: Gallimard, 1991.
_____. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Nova Perspectiva, 1992.
_____. Los origenes del totalitarismo. Madrid: Taurus, 1974.
CANDAU, Joel. Antropologia de la memória. Buenos Aires: Nueva Vision, 2002.
_____. Memória e Identidade. São Paulo: Contexto, 2011.
HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. São Paulo: Ed. 34, 2003.
MARCUSE, Herbert. Eros e Civilização: Uma interpretação Filosófica do Pensamento de Freud. Rio de Janeiro: LTC,1999.
_____. Ideologia da sociedade industrial. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1967.
RICOEUR, Paul. Memória, História e Esquecimento. Campinas: Unicamp, 2007.
_____. Percurso do Reconhecimento. São Paulo: Loyola, 2006.
SCHIO. Sônia Maria. Hannah Arendt: história e liberdade (da ação à reflexão). Caxias do Sul: EDUCS, 2006.

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CRONOGRAMA

27/03 a 14/05: inscrições de propostas de simpósios temáticos

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