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Lendas do Sul
A Mboitatá
II
Minto:
no meio do escuro e do silêncio morto, de vez em quando, ora duma banda ora doutra, de vez em
quando uma cantiga forte, de bicho vivente, furava o ar; era o téu-téu ativo, que não dormia desde
o entrar do último sol e que vigiava sempre, esperando a volta do sol novo, que devia vir e que
tardava tanto já…
Só o téu-téu de vez em quando cantava; o seu — quero-quero! — tão claro, vindo de lá do fundo
da escuridão, ia agüentando a esperança dos homens, amontoados no redor avermelhado das
brasas.
Fora disto, tudo o mais era silêncio; e de movimento, então, nem nada.
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