Afinal, o que são genes?

 

Genes são seqüências de DNA que contêm uma informação genética, isto é, que têm a capacidade de produzir uma proteína.

O DNA é uma longa molécula encontrada em todas as células e tem a capacidade de armazenar informações.

Nas células dos seres vivos, os genes encontram-se dispostos espacialmente em estruturas chamadas cromossomos. Todos os organismos, sejam eles plantas, bactérias, animais ou o homem, possuem genes.

 

 

O DNA é uma molécula simples, composta por um açúcar de cinco carbonos (pentose), um grupo fosfato e 4 diferentes tipos de bases nitrogenadas: Adenina, Timina, Citosina e Guanina, conhecidas respectivamente pelas letras A, T, C e G.

 


O açúcar e o ácido fosfórico formam o esqueleto da dupla hélice. A base Adenina pareia com a Timina, e a Citosina pareia com a Guanina. Este pareamento interno forma uma estrutura que se assemelha aos degraus de uma escada em espiral.


 

A informação contida no DNA deve ser entendida como uma determinada característica a ser apresentada pela organismo. No caso das plantas, pode ser a cor da flor, o tamanho da planta, o rendimento ou a resistência a uma doença. Esta informação encontra-se guardada no DNA, através da sequência de suas bases nitrogenadas (A, T, C e G), e é expressa através de uma proteína, formada de aminoácidos.

Cada sequência de 3 bases nitrogenadas no DNA é chamada de códon, e estes é que determinam qual o aminoácido a ser incorporado na proteína. Então, é a sequência de bases no DNA que determina qual proteína vai ser formada.

 

 

Cada característica pode ser controlada por um gene, sendo chamada de monogênica, ou por um grupo de genes, quando é denominada poligênica. Para que a característica seja expressa, a partir do DNA, que geralmente se encontra no núcleo das células, dois eventos moleculares são fundamentais: a transcrição do DNA em uma molécula de RNA mensageiro, e a tradução deste RNA em proteínas, as quais vão atuar em reações químicas, fazendo com que a característica se manifeste. Esta seqüência de eventos é conhecida como o "Dogma Central da Biologia Molecular", uma vez que explica como uma informação contida no DNA pode se transformar em características.

 

 

Desta forma, se desejamos introduzir uma nova característica numa planta, devemos adicionar, em seu genoma, um gene que seja responsável pela produção da proteína, que por sua vez determina a característica. As proteínas são moléculas instáveis que se degradam ao longo do tempo. O gene, uma vez inserido estavelmente no genoma da planta, se torna eterno, pois se duplica normalmente com o DNA da planta e é transferido para as novas células e para a próxima geração.


A estrutura química do DNA é universal

O DNA de todos os organismos, sejam eles animais, plantas ou microorganismos, possui a mesma estrutura química e os mesmos componentes. Ainda, a informação genética contida no DNA para a formação das proteínas, é lida de forma idêntica pelos mais diversos organismos, com raras exceções. Por isto, dizemos que o código genético é universal.
Isto explica porque um gene de uma espécie pode ser transferido para outra espécie, e continuar codificando a mesma proteína e conferindo a mesma característica. O que varia no DNA dos diferentes organismos, na maioria das vezes, é a seqüência com que as bases nitrogenadas A, T, C e G estão organizadas ao longo da molécula de DNA e também a quantidade do DNA que cada organismo possui.


O DNA nosso de cada dia

Como a maioria dos alimentos não processados, isto é, verduras, frutas e carnes são compostos por células, estes carregam DNA no seu interior. Logo, pode-se concluir que é grande a quantidade de DNA que ingerimos diariamente, durante as refeições. A cada Kg de carne bovina consumida, ingere-se em torno de 100 mg de DNA, presentes nas células que compõe a carne. Assim, pode-se dizer que, de modo geral, quando se ingere, por exemplo, arroz transgênico, ocorre a ingestão de um gene a mais, somado aos 55.000 genes diferentes que o arroz possui, normalmente, em cada uma das suas células. Então, é incorreto dizer que a ingestão de DNA e de genes faz mal à saúde.



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