2º Encontro Cidade + Contemporaneidade
2ª Jornada de Morfologia + Modelagem Urbana
A cidade de todos.A cidade interior. Experiência e alternativas para a intervenção em Comodoro Rivadavia.
Morfologia Urbana e Outputs Sociais
Avanços na Parametrização e Calibração de Modelos Urbanos
Sessões Jornada de Modelagem e Morfologia Urbana
Chamada de trabalhos
O 2º Encontro Cidade + Contemporaneidade e a 2ª Jornada de Morfologia + Modelagem Urbana aceitarão trabalhos relacionados aos seus temas para compor um painel amplo e colaborativo das áreas de investigação em Morfologia e Modelagem Urbana e Urbanismo Contemporâneo. Serão publicados os resumos expandidos aceitos - revisados pelos membros dos Comitês Científicos - e os vídeos das apresentações durante o evento. Para esta chamada, serão acolhidos tanto relatos de pesquisa em andamento quanto pesquisas anteriores já concluídas, assim como teses, dissertações, trabalhos de iniciação científica, revisões teóricas e críticas à produção científica e acadêmica relacionadas aos temas.
Os resumos expandidos não deverão exceder 4 páginas, incluindo título, autores e referências e deverão seguir a formatação do modelo abaixo.
Limite de envio: 15 de novembro
Resposta dos aceites: enviada aos autores.
A Construção do Mapa Social Prospectivo
O mapeamento social permite criar outros mapas com sentido de comunidade, de solidariedade e colaboração. A intenção é cruzar as técnicas do planejamento prospectivo com o mapeamento social. Assim, se tenta facilitar novas metodologias para os processos de intervenção e planificação urbana.
Piloto de um exercício de mapeamento social prospectivo que facilite a coordenação com outras metodologias de intervenção e de investigação do território urbano. Gerar um mapeamento social do espaço urbano (sobre o futuro desejado) em um problema particular baseado em objetos, relações, práticas e conflitos. Construir um mapa social do espaço urbano (no passado) em um problema particular baseado em objetos, relações, práticas e conflitos. Criar uma identificação e explicação racional mapeada sobre como os processos que permitiram o mapa futuro foram realmente alcançados.
Ligada às ciências sociais, arquitetura, geografia, planejamento urbano e / ou territorial e relacionados.
TORRES RIBEIRO, A. C. Cartografia da ação social região latino-ameriana e novo desenvolvimento urbano. In POGGIESE, H.; TAMARA, T. C. E.. Otro desarrollo urbano: ciudad incluyente, justicia social y gestión democrática. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales – CLACSO, 2009.
POGGIESE, H. Escenarios del Presente y del futuro en la gestión democrática de las ciudades: metodologías y modelos decisionales alternativos. In POGGIESE, H.; TAMARA, T. C. E.. Otro desarrollo urbano: ciudad incluyente, justicia social y gestión democrática. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales – CLACSO, 2009.
DIEZ TETAMANTI, J. M.; ESCUDERO, B. La construcción de un dispositivo de intervención a través de Cartografía Social. In DIEZ TETAMANTI, J. M.; ESCUDERO, B. Cartografía social: investigaciones e intervención desde las ciencias sociales: métodos y experiencias de aplicación. Comodoro Rivadavia: Ed. Universitaria de la Patagonia, 2012.
A cidade de todos. A cidade inteira. Experiência e alternativas para a intervenção em Comodoro Rivadavia
A cidade de Comodoro Rivadavia tem uma forte correlação entre a dinâmica do uso da terra, o acesso à habitação, a cobertura dos serviços públicos e a situação econômica e social que gera a indústria do petróleo e a pressão sob a cidade das companhias de petróleo. Neste sentido, os conceitos de «espaço delegado» e «espaço derivado» resultam interessantes para fazer a pergunta de como o município e com quais ferramentas e ações de intervenção atua para atingir aos problemas da habitação, do uso do solo, da prestação de serviços públicos e os problemas ambientais. Assim, se observou através de oficinas participativas e da cartografia social, que os problemas mais declarados pela população local raramente podem ser resolvidos pelo município, devido a falta de ferramentas metodológicas para intervir em um espaço direta e indiretamente ordenado pelas companhias de petróleo. Se apresentam assim, instrumentos de intervenção local que poderiam ser usados pelo município para equalizar as diferenças sociais de acesso à moradia, à terra e à prestação de serviços públicos a partir da participação da população nas intervenções.
Morfologia Urbana e Outputs Sociais
Enunciados teóricos mais recentes sugerem, suportados por fortíssimas evidências empíricas, uma estreita relação entre interação social, output urbano e infraestrutura das cidades (West & Bettencourt, 2011, Bettencourt 2013). O output social de uma cidade - a totalidade de sua produção, nos campos da economia, cultura, afeto, etc. - dependeria dos graus de magnitude e intensidade dos diferentes tipos de interação social levados a cabo por uma sociedade, que, por sua vez depende da infraestrutura disponível, fundamentalmente da infraestrutura de mobilidade. A forma urbana, dessa maneira, por um lado proveria os meios para a interação social (espaços adaptados e de circulação), mas por outro imporia custos para a realização da interação social (custos de deslocamento). A sustentabilidade urbana estaria assim definida nos termos da relação entre a interação social total levada a cabo e o custo total para realiza-la.
Estes enunciados e inferências empíricas, embora sólidos, referem-se às cidades como campos mais ou menos homogêneos de distribuição de pessoas, atividades e movimentos. É trabalho necessário no campo da morfologia o seu desdobramento, considerando que as cidades são fenômenos de concentração, distribuição desigual e hierarquia espacial. Nesta exposição são exploradas algumas possibilidades de representação da relação entre morfologia e output social. Para tal, primeiro é proposto um modelo standard de descrição do tecido urbano a partir de suas menores escalas, segundo, uma estrutura conceitual de vinculação entre forma urbana e output social, e terceiro, um modelo analítico capaz de prover evidências dessa vinculação. O modelo descritivo básico se vale de uma analogia ao modelo standard do átomo e busca descrever as menores porções, bem como as duas diferentes agregações em tecidos urbanos, em termos de partículas elementares de massa e de energia. A estrutura conceitual se vale das definições prévias de Bettencourt para o output social, diferenciando-o segundo instâncias espaciais verificadas no tecido urbano, tais como âmbito residencial, coletivo, público, produtivo, etc. Finalmente o modelo analítico propõe um indicador M de magnitude do output social baseado na relação entre população envolvida, tipo de interação e custo de realização. Será apresentada uma formalização dos modelos descritivo e analítico, bem como alguns resultados preliminares, obtidos por simulação.
Referências:
Bettencourt, L., West, G.. A unified theory of urban living. Nature v.467, v.7318, p.912-13. 2010.
Bettencourt, L.. The origin of scaling in cities. Science v.430, n. 6139, p.1438-1441. 2013
Modelando Alterações Pretéritas e Prospectivas de Uso do Solo Urbano na Plataforma Dinâmica EGO
Esta oficina tratará de apresentar aos participantes as principais etapas envolvidas na execução de um modelo para simulação de mudanças de uso do solo urbano, englobando o tratamento dos dados espaciais, a extração de taxas de transição de uso, a parametrização das variáveis espaciais estáticas (categóricas ou contínuas) e dinâmicas, a calibração interna do modelo e a validação espacial dos resultados. Para isso, os participantes realizarão um experimento prático de modelagem de transições de uso do solo urbano para um estudo de caso real, envolvendo a simulação de mudanças passadas bem como a projeção de mudanças com base em cenários futuros no curto e médio prazo.
Instrumentalizar os participantes em:
1. técnicas de pré-processamento dos dados, incluindo exportação e conversão de formatos; geração de grades de distância; extração de grades estimadoras de densidade de pontos pelo método de Kernel etc.;
2. métodos de geração de matrizes markovianas de transição de estados globais e anuais, incorporando conceitos estatísticos;
3. métodos estatísticos bayesianos voltados à determinação de pesos para as variáveis espaciais;
4. abordagens heurísticas para a calibração de parâmetros internos do modelo, com base em métricas de morfologia da paisagem urbana;
5. métodos estatísticos de validação espacial dos resultados da simulação.
Geoprocessamento, Estatística Bayesiana, Análise Espacial, Modelagem Dinâmica Espacial. Como estudos de caso, foram selecionadas as cidades de Bauru e Piraciba, localizadas no interior do estado de São Paulo.
Noções de Geoprocessamento e Estatística (recomendável).
BATTY, M. GeoComputation using cellular automata. In: OPENSHAW, S.; ABRAHART, R. J. ed. Geocomputation, p. 95-126. New York: Taylor & Francis, 2000.
BONHAM-CARTER, G. F. Geographic Information Systems for Geoscientists: Modelling, with GIS. Ontario: Pergamon, 1994.
GAUCHEREL C., HOUET, T.. Preface to the selected papers on spatially explicit landscape modelling: current practices and challenges. In Ecological Modelling, v. 220, n.24, p. 2477-3480. 2009.
PARKS, B. O. The need for integration. In GOODCHILD, M. J.; PARKS, B. O.; STEYAERT, L. T. (eds). Environmental Modelling with GIS, p. 31-34. Oxford: Oxford University Press, 1993.
PEDROSA, B. M.; CÂMARA, G. Modelagem dinâmica. In: DRUCK, S.; CARVALHO, M. S.; CÂMARA, G.; MONTEIRO, A. M. V. (ed.). Análise espacial de dados geográficos. Brasília: EMBRAPA, 2005.
TORRENS, P. M.; O´SULLIVAN, D. Cellular automata and urban simulation: where do we go from here? In Environment and Planning B: Planning and Design, v. 28, n. 2, editorial, p. 163-168. 2001.
Avanços na Parametrização e Calibração de Modelos Urbanos
Modelos dinâmicos espaciais dedicados a simular alterações de uso do solo no ambiente urbano vêm testemunhando um crescente refinamento em suas estruturas teóricas e operacionais ao longo das últimas décadas, sobretudo nos últimos anos. Um desses significativos avanços é representado pelo caráter eminentemente dinâmico de que são dotadas as novas plataformas de modelagem, sejam eles referentes a taxas de transição, conjuntos de variáveis espaciais intervenientes, pesos, entre outros, aproximando os resultados gerados da realidade observada. Além disso, os métodos estatísticos selecionados para definição de pesos têm se diversificado, na busca por condições ótimas de parametrização. Por outro lado, pairam ainda pendências a serem solucionadas, a exemplo do uso ainda persistente de abordagens heurísticas para fins de calibração, as quais são custosas em termos de tempo e de capital humano, visto que dependem da destreza do modelador. Na mesma linha, inexistem métodos otimizados de validação espacial, ignorando a conformidade morfológica das simulações em relação a realidade. Essa palestra procurará abordar as recentes conquistas no arcabouço conceitual e metodológico de modelos dinâmicos espaciais voltados à simulação de uso do solo em áreas urbanas, bem como trazer à tona questões científicas ainda em aberto nesse campo.
Sessões de apresentação
Apresentação dos trabalhos selecionados para o painel da área de investigação em Morfologia e Modelagem Urbana, Urbanismo Contemporâneo.
06.dez.09h00. painel de teses, dissertações e pesquisa da área.auditório.sessão A JMMURBFormação de rede de pesquisa/pesquisadores/institutos sobre morfologia e modelos urbanos no Brasil
1. dar início a uma rede de grupos de pesquisa e pesquisadores na área da Morfologia e Modelagem Urbana; isso indica como oportuna a troca de informações, colaboração continuada e o fortalecimento dos diversos grupos e/ou pessoas interessadas no assunto;
2. construir uma agenda de demandas da área de Morfologia e Modelagem Urbana, com suas necessidades e interesses; isso inclui dialogar com os órgãos de fomento para financiamento, editais gerais e específicos, parcerias e outras alternativas;
2. conhecer a produção acumulada e em desenvolvimento da área; isso inclui trabalhos, estudos , teses e dissertações realizados anteriormente ou sendo iniciados, com resultados consolidados ou experimentais.
Laboratório de Urbanismo (LabUrb), Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PROGRAU), Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Pelotas.
Coordenação Geral
Alexandre Pereira Santos
Equipe de Coordenação
Ana Paula Faria
Ana Paula Zechlinski
Eduardo Rocha
Henrique Lorea Leite
Mauricio Couto Polidori
Otávio Martins Peres
Fotografias
Fernanda Tomiello
Alexandre Pereira Santos
Otávio Martins Peres
Colaboradores
André Guimarães Peil
Cristiane Nunes
Débora Allemand
Fernanda Tomiello
Flávia Galbatti
Glauco Roberto Munsberg dos Santos
Janaina Lima
Lais Portela
Rafaela Barros de Pinho
Yuri Ramon
Comissão Editorial 2º Encontro Cidade e Contemporaneidade
Eduardo Rocha(PROGRAU/UFPEL)
Juan Manuel Diez Tetamanti (UNPSJB)
Laura Cesar (PROGRAU/UFPEL)
Comissão Editorial 2ª Jornada de Morfologia e Modelagem Urbana
Renato Saboya (POSARQ/UFSC)
Henrique Lorea Leite (PROPUR/UFRGS)
Ana Paula Zechlinski (PROGRAU/UFPEL)