A identidade visual do XVII CIC baseia-se na importância da interdisciplinaridade na pesquisa e na geração do conhecimento, a partir do cotidiano e das coisas que nos cercam.
A representação gráfica partiu de elementos familiares a todas as pessoas, relacionando-os com áreas do conhecimento; e esta foi a forma que o escritório experimental de design gráfico encontrou para expressar essa relação entre o academicismo científico e o conhecimento global indivisível. A partir de uma frase de autoria do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (“ver a ciência pela óptica do artista, a arte pela ótica da vida”), a equipe do escritório passou a considerar diferentes formas de representar os diversos “olhares” que recaem sobre os objetos do cotidiano.
A proposta de cartazes mutantes, de cores diferenciadas, também invoca essa pluralidade do conhecimento. Os objetos escolhidos têm relação direta com a vida de todos e simbolicamente tendem a representar os períodos: pré-industrial e natural (Cascudo preto), industrial e mecânico (bicicleta) e pós-industrial e eletrônico (celular).
A enormidade de conhecimentos diferenciados que podem ser obtidos desses objetos representam a necessidade de uma educação mais completa, evocando para a reflexão sobre o conhecimento científico fragmentado,mostrando que tudo se relaciona e não há mais espaço para se pensar apenas nas partes isoladamente.
