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Resumo

Este artigo analisa os conceitos de conformismo e consumismo na perspectiva do pensamento de Hannah Arendt, ressaltando que esses conceitos aparecem, em sua obra, alinhados às suas análises do totalitarismo e desdobrados deste, na medida em que são formas de lançar os seres humanos ao ciclo sempre-recorrente do trabalho e do consumo, no metabolismo com a natureza, numa forma de existência fora do mundo comum. Destaca, após análise do potencial de organização das massas do conformismo e do caráter de movimento do consumo, os ricos de uma sociedade de trabalhadores, empregados e consumidores, no sentido da possibilidade de se perder o mundo, pois o trabalho e o consumo são atividades que devoram sua permanência, pois são do âmbito da necessidade e da natureza. A natureza, ao se espraiar em todas as atividades humanas na forma do ciclo sempre-recorrente do trabalho e do consumo, bem como colocando no âmbito da necessidade tudo o que é feito por mãos humanas, também pode, ao menos potencialmente, atentar contra a liberdade pela ausência do mundo comum onde ela possa aparecer.

Palavras-chave: totalitarismo, consumismo, conformismo, movimento, logicidade.


   
   
   
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