|
Cancioneiro guasca
Quadras
Ai! se a saudade matasse
- Como tem de obrigação -
Muita gente morreria
De pura imaginação!
Eu te afirmo com ardor
Que não te posso deixar:
Tudo quanto for doçuras,
Quero contigo gozar.
Quando o azedo for doce,
Quando o açúcar amargar
Quando o mundo não for mundo...
Eu hei de deixar de amar!
Quem não ama, não adora,
Vivo está na sepultura;
Só amando é que se vive,
Sem amor não há ventura.
Vou-me embora p'ra cidade,
Que a campanha me aborrece...
Pois lá, na cidade, tenho,
Quem por mim penas padece.
|