Lendas do Sul
A Mboitatá

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Tudo o que morre no mundo se junta à semente de onde nasceu, para nascer de novo: só a luz da boitatá ficou sozinha, nunca mais se juntou com a outra luz de que saiu.

Anda sempre arisca e só, nos lugares onde quanta mais carniça houve, mais se infesta. E no inverno, de entanguida, não aparece e dorme, talvez entocada.

Mas de verão, depois da quentura dos mormaços, começa então o seu fadário.

A boitatá, toda enroscada, como uma bola — tatá, de fogo! — empeça a correr o campo, coxilha abaixo, lomba acima, até que horas da noite!....

É um fogo amarelo azulado, que não queima a macega seca nem aquenta a água dos manantiais; e rola, gira, corre, corcoveia e se despenca e arrebenta-se, apagando... e quando um menos espera, aparece, outra vez, do mesmo jeito!

Maldito! Tesconjuro!

Continua...

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