Grupos Temáticos:
-
GT Políticas públicas e
controle social
- GT Desenvolvimento
local, democracia, participação e questão do trabalho
Resumos - GT Políticas públicas e controle social
Pluriatividade e Pesca Artesanal: O caso
da Colônia Z-3 em Pelotas, RS
Paulo André Niederle / Mestrando em Desenv. Rural – PGDR/UFRGS /
pauloufpel@yahoo.com.br
Flávio Sacco dos Anjos / Pesquisador do DCSA – FAEM – UFPel / flaviosa@ufpel.tche.br
Catia Grisa / Mestranda em Desenvolvimento Rural – PGDR/UFRGS / catiagrisa@hotmail.com
Nádia Velleda Caldas / Bolsista CNPq ITI – PGDR – UFRGS / nvcaldas@ufpel.tche.br
O artigo focaliza o tema da pluriatividade na perspectiva da pesca
artesanal, à luz de recente pesquisa desenvolvida na região do estuário da
Laguna dos Patos, extremo sul do país, sob os auspícios do CNPq. A atenção
está posta na análise das principais estratégias de reprodução social das
famílias de pescadores, com ênfase no exercício da pluriatividade.
Explora, igualmente, o peso de outros elementos, como a previdência
social, autoconsumo e políticas públicas para compreender o comportamento
das famílias face às condições atuais da pesca. O artigo expõe
resumidamente o problema de pesquisa, a relevância do debate sobre a
questão da pluriatividade do ponto de vista da pesca artesanal e as
características essenciais da região estudada em termos dos aspectos
histórico-culturais que a conformam. Os dados apontam para a enorme
relevância da pluriatividade enquanto estratégia de reprodução dos
pescadores artesanais da Colônia Z-3. Parte desse cenário é conseqüência
das restrições na disponibilidade de pescado impostas pela pesca
predatória operada pelas grandes empresas do ramo.
O Papel dos Organismos Internacionais nas Políticas de Educação Superior
Cassiane de Freitas Paixão / Professora da Universidade Federal de Pelotas
/ cassianepaixao@ig.com.br
Nos anos de 1990 a educação superior brasileira passou por uma “nova
fase”, demarcada tanto pela flexibilidade curricular e institucional,
quanto pela diversidade de cursos ofertados e por uma nova demanda. Uma
maior parcela da população almeja o diploma, incidindo também numa nova
“abordagem” a respeito do valor desse título. A avaliação da qualidade da
educação superior também faz parte essa nova fase, onde o Estado institui
novas práticas de avaliação institucional. Porém, os rumos da educação
podem ser entendidos com o contexto mis global. Os organismos
internacionais colocam a educação na sua agenda e priorizam os seguintes
aspectos:a UNESCO e o Banco Mundial, em documento sobre a educação
superior, colocam a esfera econômica mais ligada ao conhecimento e menos
manufatora. A UNESCO reforça a idéia do aumento quantitativo e condições
estruturais para atender à comunidade. Tais prioridades, destinadas
principalmente aos “países em desenvolvimento”, são reforçadas pela
posição da OECD que destaca a diversidade institucional, onde o ensino
superior deve se reorganizar para responder a uma nova demanda. Desse
modo, a educação superior nos anos de 1990, deve ser entendida pela
dinâmica nacional e contexto dos organismos internacionais.
O Futuro Ameaçado: O Mundo Rural Face os Desafios da Masculinização,
Envelhecimento e Desagrarização
Nádia Velleda Caldas / Bolsista CNPq ITI – PGDR – UFRGS / nvcaldas@ufpel.tche.br
Flávio Sacco dos Anjos / Pesquisador do DCSA – FAEM – UFPel / flaviosa@ufpel.tche.br
O artigo analisa a importância da agricultura familiar e das
transformações que atravessa o meio rural da Região Sul do Brasil
produzidas, fundamentalmente, pelo modelo de modernização conservadora da
agricultura, com ênfase na masculinização e envelhecimento populacional.
Tais fenômenos se inserem no quadro de desagrarização da sociedade
brasileira, entendida enquanto declínio da agricultura na economia
nacional e geração de renda e ocupação para a população rural, processo
este que, como aludem os autores, não pode ser confundido como
desruralização como tendência inexorável a incidir sobre os espaços não
densamente urbanizados.
Gestão da Política de Saúde no Município: a questão da autonomia
Luciana Leite Lima / mestranda do Programa de Pós Graduação em Sociologia
- UFRGS / lucianaleitelima@hotmail.com
A trajetória institucional do sistema de saúde brasileiro caracterizou-se
por centralização decisória e financeira no governo federal, pela
consolidação de um sistema de prestação de serviços no qual a atenção
complexa constituiu-se em prioridade de financiamento no setor e pela
concentração de grande parte desses serviços sob gestão de organizações
privadas. Este trabalho foi desenvolvido em Porto Alegre e analisa qual a
possibilidade de autonomia do gestor municipal da saúde, na definição de
prioridades para a área, frente a trajetória institucional da política de
saúde brasileira. Dois foram os objetivos desta pesquisa: (a) verificar a
autonomia do gestor municipal na gestão dos recursos financeiros da saúde
e (b) verificar a capacidade de ação do gestor municipal frente a
influência das instituições privadas de saúde. A autonomia do gestor
municipal da saúde na gestão dos recursos setoriais é limitada,
principalmente, pela prévia estruturação dos recursos de transferências
federais. As instituições privadas que atuam no setor saúde demonstraram
resistência em se submeter à gestão pública. Configurando uma tensão entre
as tentativas do gestor público de expandir seu espaço de ação na gestão
dos serviços privados e as tentativas do setor privado de manter sua
posição no sistema de saúde.
Arquiteturas abandonadas: lugares incertos e tempos indefinidos na era das
representações digitais
Eduardo Rocha / PROPAR/UFRGS / amigodudu@pop.com.br
A idéia inicial é investigar a existência de prédios abandonados nos
centros urbanos, acreditando que as novas tecnologias da informação e da
comunicação são capazes de institucionalizar o esquecimento e não de
privilegiar a reflexão, o debate e o exercício da memória, ou seja,
provocar o esquecimento da arquitetura. Tais pesquisas tiveram como eixo
principal à representação e suas expressões, com ênfase na representação
gráfica de arquitetura. Os procedimentos metodológicos pretendem utilizar
o imaginário, juntamente com o simbólico e o real. Enquanto o imaginário
se propõe a olhar para o conjunto de imagens pré-verbais – visuais e
espaciais – que intervêm na constituição dos sujeitos, o simbólico
pretende designar o domínio da linguagem nesse processo e o real irá
aventurar-se, então, no que consideramos impossível de ser representado
(por palavras e por imagens). A partir do pensamento baudrillardiano
podemos vislumbrar que as cidades estão trocando o real pelo hiper-real, a
verdadeira comunicação por sua simulação. Nos cenários contemporâneos,
surgem, aparecem, nascem as arquiteturas abandonadas, lugares (des)
ocupados com tempos esquecidos. São ruínas, que perderam seus atributos,
seus encantos. Restos de construção, desmoronados, explodidos,
incendiados, destroçados. Esse cenário contemporâneo e formado por
não-lugares. A questão é procurar responder: Quais os fatores que levaram
existência da arquitetura do abandono? Que arquitetura do abandono é essa?
Porque resistem? Quem vive lá? Que tempo é esse? Que lugar é esse?
Pesquisa diagnóstico linha relacional: grupo cooperativo DUNASVEST
Piere Moreira dos Santos / INTECOOP-UCPel/ Especialista em Sociologia –
UFPel / amigodudu@pop.com.br
Cristine Jaques Ribeiro / INTECOOP-UCPel / Doutorando em Serviço Social –
PUCRS
Eduardo Rocha / INTECOOP-UCPel / Doutorando em Arquitetura - UFRGS
Lívia Malta Pontes / INTECOOP-UCPel / Pscicologia-UCPel
Francine Heidrich Coimbra / INTECOOP-UCPel / Pós-graduanda em Educação –
UFPel
Aline Cunha da Fonseca / INTECOOP-UCPel / Serviço Social-UCPel
Rita de Cássia Sodré / INTECOOP-UCPel / Serviço Social - UCPel
Rosi Marrero / INTECOOP-UCPel / Serviço Social-UCPel
Graciela Goulart / INTECOOP-UCPel / Serviço Social-UCPel
O primeiro contato com o grupo foi feito no mês de novembro de 2004 na
própria incubadora, período em que o grupo não estava totalmente formado,
das vinte e uma pessoas existentes no grupo faltavam algumas para
constituir o número mínimo para formação da cooperativa. Nesse processo de
intervenção começamos a observar determinadas práticas de poder que haviam
se estabelecido dentro da cooperativa e construídas durante esse processo.
Nessas relações de poder constatou-se a constituição de dois grupos com
interesses em comum, mas com idéias distintas. Para isso foram necessárias
muitas reuniões, com diálogos e até mesmo muitas discussões, sendo que
através de um processo de votação conseguíamos chegar a um denominador
comum. As pautas das reuniões geralmente estavam vinculadas a questões
como horários de trabalho, o que significava muito mais uma questão de
poder o estabelecimento dos horários de trabalho do que qualquer outra
coisa. A proposta de intervenção e um trabalho construído coletivamente
entre educandos e educadores com objetivo de elaborar um roteiro de
aproximação das equipes com os grupos de trabalhadores cooperados durante
a oficina foram elaborados eixos temáticos que serão desenvolvidos através
de encontros entre as equipes e os empreendimentos. Os eixos temáticos
são: Como os cooperados enxergam a sua realidade? O que os cooperados
esperam da Intecoop? O trabalho em grupo pode ser melhor que o individual?
O que eles entendem por cooperativa? Porque optaram por essa forma de
trabalho? O que é trabalho para os grupos?
O Direito e a possibilidade de coação
Alexandro Melo Correa / Faculdade de Direito / UFPel / ameloc@ig.com.br
Valesca Brasil Costa / Pós-graduação em Filosofia/UFPel / valescacosta@bol.com.br
O presente estudo tem por objetivo fazer uma breve leitura sobre a relação
que se dá entre o Direito e a possibilidade de coação, de maneira que o
conceito de coação que será utilizado neste trabalho refere-se a
possibilidade do Estado efetivar o cumprimento da sanção estipulada na
norma jurídica se valendo para tanto da utilização da força.
É dessa forma que a possibilidade de punição seria um direito pertencente
ao Estado, que detém o Jus Puniendi. No entanto seria interessante que
fosse feito uma leitura além, ou seja, a quem caberia supervisionar os
limites do poder de coação?E nos dias atuais não haveria uma falência
nessa relação, uma vez que nos deparamos com presídios superlotados e com
uma sociedade cada vez menos crente no Estado e no Direito?Nosso trabalho,
busca analisar a coação conjuntamente com a ciência penitenciaria,
trabalhando a dinâmica que se dá na relação entre coação e ciência
penitenciaria, o envolve inevitavelmente questões sociais.
Direito e poder disciplinar: um estudo da filosofia de Foucault
Valesca Brasil Costa / Pós-graduação Filosofia Moral e Política/UFPel /
valescacosta@bol.com.br
O presente trabalho, fora elaborado com a intenção de desenvolver um
estudo sobre as relações de poder e dominação na sociedade, com enfoque ao
tema carcerário.Cabe no entanto considerar, que a leitura propõe-se em
analisar as relações de poder que se apresentam na sociedade (onde dentre
elas temos a relação carcerária) não direcionada a uma leitura econômica e
marxista, onde teremos a dominação das classes, mas mais direcionada as
relações de poder e dominação por um ângulo filosófico ou até mesmo
antropológico, onde a dominação e exclusão se dão justamente pela
possibilidade de reação do grupo dominado.No entanto, embora delimitada a
obra “Vigiar e punir” de Foucault, onde então nortearemos nosso trabalho,
não podemos deixar de considerar que ao trabalharmos com as questões
carcerárias e a dinâmica social que envolve o tema, estaremos de certa
maneira também trabalhando com questões que envolvem indiretamente as
relações de poder econômicas que se dão na sociedade, daí justificar, o
motivo de muitas vezes os assuntos aparecerem concomitantemente. Assim,
não há como não considerar que dentre as relações de poder que se dão na
sociedade existem aquelas que envolvem o aparato jurídico como instrumento
fundamental para dinamizar essa estrutura de poder.
O Poder a Mídia e a Regulação Estatal
Leonardo Holz Prestes / Aluno Pós-Graduação Sociologia e Política – ISP /
prestessitiogeral@ig.com.br
O Poder de influência da Mídia Audiovisual frente à legislação existente e
a proposta de regulação introduzida pelo Projeto de Lei da Agência
Nacional do Cinema e do Audiovisual – ANCINAV.
Como o ordenamento jurídico regulamenta e regula as concessões
audiovisuais, quais os direitos e deveres destes em relação à prestação de
serviços públicos e de utilidade pública, estes são questionamentos feitos
diariamente por todos sem que consigamos dimensionar o grande impacto
sócio-cultural e a influência exercida pelos detentores dos meios de
propagação audiovisual, e de divulgação maciça, quais os parâmetros de
ação destes agentes.
É preciso inter-relacionar os agentes do estudo realizado fazendo com que
haja uma compreensão do real intuito de vinculação destas peças do sistema
de informações que se entende por Mídia ou Comunicação Social, e os
poderes que eles exercem uns sobre os outros e a real força de uma
eventual regulação do Estado que no caso do Brasil está em discussão. Como
funciona e qual a real intenção de um projeto que visa trabalhar idéias a
respeito do Audiovisual.
A Participação do Usuário da Política de Assistência Social no
Exercício do Controle Social
Fernanda Fonseca da Fonseca / UCPEL/ E.S.S /
fernandafonsecadafonseca@yahoo.com.br
Vini Rabassa da Silva / UCPEL/ E.S.S
Este trabalho apresenta uma análise sobre a participação dos usuários da
política da assistência no exercício do controle social, tendo por base
empírica os dados obtidos através do desenvolvimento de uma pesquisa
inter-institucional (Cáritas/UCPEL), aplicada em 6 municípios do RS, no
período de 2002 a 2204, a qual contou, também, com a participação de
professores e acadêmicos da UNISINOS e da UNIFRA. Foram utilizados como
instrumentos para a coleta de dados: entrevistas semi-estruturadas,
realizadas com uma amostra de 40 usuários; 6 entrevistas grupais e
observações participantes nas reuniões e plenárias dos CMASs dos
municípios pesquisados; e a observação em uma Conferência Municipal. A
análise dos dados demonstrou, que apesar da participação dos usuários ser
assegurada legalmente na LOAS, ela não é de fato reconhecida e exercitada
nos espaços privilegiados de controle social. Foi constatado que quando
acontece a sua evasão do conselho ela é ignorada pelos demais
conselheiros, e que quando há participação ela é realizada, geralmente,
por representação feita por dirigentes de entidades, que não são usuários
desta política. Os dados colhidos com os usuários demonstram que a maioria
desconhece totalmente, a existência e a finalidade dos mecanismos de
controle social e que não lhes são oportunizados outros espaços para
participação na fiscalização, proposição e/ou avaliação da política.
Agenda 21 Local: Processo de Consulta Popular
Ricardo Gonçalves Severo / Ong Hoc Tempore / ricardo.severo@click21.com.br
O processo de consulta popular da Agenda 21 Municipal foi formulada em 3
etapas. A primeira fase teve como objetivo a construção de questionário a
ser aplicado à comunidade pela equipe de trabalho da Agenda 21 do
município, tendo cinco temas geradores; a saber: Social, Econômico,
Político-Institucional, Acesso à Informação e Geo-Ambiental. Esta etapa
contou com a participação de 2536 pessoas que responderam ao questionário
e definiram os pontos mais importantes a serem discutidos e implementados
no município pela Agenda 21. Na 2ª etapa foi realizada a Conferência
Municipal de Qualidade Ambiental em abril de 2004, que contou com a
participação de 600 pessoas e onde foram referendados os tópicos
levantados pelos resultados da pesquisa e debatidos novos pontos para
inclusão no relatório resultante desta Conferência e edição do livro
Construindo a Cidadania Ambiental: Agenda 21 Local. A última etapa teve
como objetivo a criação de 6 núcleos de Educação Ambiental
(Centro/Porto/Várzea, Areal, Praia, Fragata, Três Vendas e Colônia),
criados em parceria com Ong’s locais (Amiz, RadioCom, CET, EcoAção e CEA)
que dariam cursos de formação sobre educação ambiental a 180 pessoas,
sendo 30 por núcleo e teriam à disposição uma sala de reuniões na escola
de seu bairro com biblioteca e computador, financiados pelo FNMA. Ao final
do processo estas 180 pessoas seriam multiplicadores do tema e
popularizariam a discussão através de projetos próprios.
O Perfil dos Conselheiros do CMAs e CMDR em Nível Nacional
Rodrigo Quadros Vieira / UCPEL/ESS / rodrivieiras@yahoo.com.br
Vini Rabassa da Silva / UCPEL/ESS
Este trabalho resulta de uma pesquisa interinstitucional coordenada pela
UCPel e Cáritas Brasileira. A pesquisa foi realizada em quatro estados,
onde foram selecionados por amostragem intencional alguns municípios,
visando analisar de que forma o exercício do controle social, na gestão
das políticas públicas, pode interferir para a ampliação da cidadania como
mediação para um novo projeto societário. Os dados apresentados são
referentes à caracterização geral dos conselheiros (idade, sexo,
escolaridade, ocupação, ano de ingresso, representação, participação em
fórum e mobilizações) e possibilitam estabelecer uma comparação entre as
características predominantes dos co-participantes da gestão pública de
duas políticas específicas (assistência Social e desenvolvimento rural),
evidenciando aspectos comuns e características diferenciadas.
A análise da participação da Sociedade Civil na Política da Assistência
Social
Vini Rabassa da Silva
Mara Rosange Acosta de Medeiros
Débora Vasconcellos Gonzáles
Maristela Letzow Silva Becker / marysucpel@yahoo.com.br
O presente trabalho é resultante da pesquisa “A Política pública da
assistência social no Estado do RS: avanços e perspectivas da participação
da sociedade civil”,coordenada por um grupo de pesquisadores do NPDS- ESS/UCPel
que contou com a participação de pesquisadores da PUCRS, ULBRA e UNIFRA.
Tendo como objetivo analisar a participação da sociedade civil na
implementação do Sistema Descentralizado e Participativo da Assistência
Social – SIDEPAS- a pesquisa trabalhou com 115 municípios que possuem
gestão municipalizada. A UCPel trabalhou com 31 municípios através da
aplicação de questionários a todos os Conselheiros dos CMASs. Além destes
municípios, foram selecionados 3 para realização de entrevistas com
técnicos da área, presidentes dos Conselhos e gestores. Considerando os
dados analisados podemos afirmar que a participação da sociedade civil
apresenta-se com grandes desafios e dificuldades, considerando: a
inexistência de interesses antagônicos entre Estado e sociedade civil nos
diferentes segmentos responsáveis pela sua gestão, fiscalização e
execução, a ausência de uma cultura de participação da sociedade
brasileira, o pouco incentivo e valorização do poder público.
Vida de preso: preso da vida
Ana Luísa Xavier Barros / Professora da Universidade Católica de Pelotas,
membro do GITEP, mestre em Desenvolvimento Social e doutoranda do Programa
de Pós-Graduação em Serviço Social da PUCRS / analuisaxavierbarros@yahoo.com.br
Sinara Franke de Oliveira / Professora da Universidade Católica de
Pelotas, membro do GITEP, mestre em Educação / sinarafo@uol.com.br
O trabalho contempla fragmentos de falas de alguns prisioneiros do
Presídio Regional de Pelotas. Traz reflexões sobre o processo de
aprisionamento relacionando-o com a desigualdade social; os reflexos desse
processo numa subjetividade assujeitada; o impacto e os conflitos das
saídas temporárias e o significado dos vínculos familiares na experiência
da saída temporária.
Relações conjugais e violência: Estudo sobre o “ponto de vista” das
mulheres de classe popular que recorrem a Delegacia de Polícia para a
Mulher no Município de Pelotas - RS
Sabrina Rosa Paz / Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal
de Pelotas (UFPel) e Acadêmica do curso de Direito da Universidade
Católica de Pelotas (UCPel) / sabrina_rosapaz@yahoo.com.br
O presente trabalho se situa na interface das Ciências Sociais e Jurídicas
e tem como objetivo discutir a violência endereçada à mulher a partir da
perspectiva de mulheres de classe popular, envolvidas em relações
conjugais violentas, no Município de Pelotas – RS. Busca-se perceber com
que objetivo essas mulheres recorrem à Delegacia de Polícia para Mulher,
bem como em que termos é realizada a denúncia e em que situação arrisca-se
o rompimento da aliança. Estas foram perguntas que nortearam esta
investigação, articulando-se a gramática das relações de gênero e
concepção de família presente neste universo social. A partir do trabalho
de campo, no qual foram realizadas observações na Delegacia de Polícia
para Mulher de Pelotas e entrevistas semi-estruturadas com sete mulheres
que são ou foram agredidas pelos companheiros, o estudo verifica a lógica
da denúncia e conciliação como forma de mediação dos conflitos, de demanda
feminina, por intermédio da Delegacia. Na família, atenta-se para o laço
entre a mãe e os filhos em que o risco de rompimento da aliança se
constitui quando os filhos passam a ser o alvo das ações de violência.
Resumos - GT Desenvolvimento local,
democracia, participação e questão do trabalho
Feminização do trabalho: um processo
multifacetado
Leni B.C. Collares / Professora da UCPel /
lebecol@hotmail.com
Elasio Faria / Professor da UCPel
O estudo trata das mudanças geradas pela reestruturação produtiva sobre o
emprego formal no Município de Pelotas sob uma perspectiva de gênero. A
partir da base de dados da RAIS, dimensionamos as alterações ocorridas no
peso e na composição da força de trabalho mostrando que a reestruturação
produtiva recaiu com mais intensidade sobre o emprego feminino na
indústria, o que contrastou com os demais setores de atividade econômica
nos quais a participação feminina teve comportamento diferenciado. Embora
decaia o contingente feminino industrial, as mulheres tiveram importantes
avanços em sua participação no mercado de trabalho caracterizando o
processo de “feminização” da mão-de-obra. Esse processo, no entanto, não é
uniforme. A pesquisa constatou que: a) nos demais setores de atividade
econômica, o incremento da participação feminina apresenta peculiaridades
significativas conforme o setor de atividade econômica que se considere;
b) a partir de critérios de seletividade, a par das diferenças entre a
participação masculina e feminina que permanecem, ampliam-se também as
clivagens intragênero; c) a racionalização gerencial consolida uma certa
homogeneização dos ganhos salariais entre homens e mulheres, mas esta é
construída dentro de uma lógica de redução dos custos do trabalho sob um
balizamento de gênero.
Experiências vividas junto à grupos de
geração de renda
Aline Cunha da Fonseca
Cristine Jaques Ribeiro
Francine Heidrich Coimbra
Graciela Marques Goulart
Lívia Malta Pontes
Pierre Moreira dos Santos
Rita de Cássia Sodré Silva
Rosi Marrero Duarte
A presente escrita surge permeada pelas experiências vividas
coletivamente, resultado da mistura desejante entre profissionais e
estagiários do núcleo Unitrabalho (projeto INTECOOP - Incubadora
tecnológica de cooperativas populares) da Universidade Católica de Pelotas
com grupos cooperados ou de ação cooperada. Alianças que se dão na
perspectiva de estar discutindo os processos de auto-análise e autogestão,
tanto dos grupos de geração de renda quanto nas equipes interdisciplinares
(compostas por estudantes de diferentes áreas do conhecimento); processos
estes que não são promovidos por um ou outro, mas sim buscados no
exercício cotidiano. Os entendimentos sobre a questão do trabalho que
trazemos neste esboço surgem não só de leituras ou de espaços de discussão
acadêmico mas principalmente do convívio com grupos de geração de renda.
O que propomos (gestão relacional – composta por estudantes e
profissionais da área das ciências sociais) é o debate acerca das
alternativas de trabalho e geração de renda que desnudam-se neste contexto
social em que a questão do desemprego se mostra analisador destas novas
formas de trabalho desenhando portanto o cenário econômico e social atual.
Uma proposta de discussão sobre trabalho
Aline Cunha da Fonseca
Cristine Jaques Ribeiro
Francine Heidrich Coimbra
Graciela Marques Goulart
Lívia Malta Pontes
Pierre Moreira dos Santos
Rita de Cássia Sodré Silva
Rosi Marrero Duarte
Produzimos a presente escrita no intuito de socializar as experiências
vividas por um grupo de estudantes junto à coletivos que trabalham
norteados pelos princípios do cooperativismo na cidade de Pelotas.
Trata-se da Gestão Relacional (acadêmicos dos cursos de Serviço Social,
Psicologia e Filosofia) do núcleo Unitrabalho (projeto INTECOOP –
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares) da Universidade Católica
de Pelotas, que propõe trazer a discussão acerca das diferentes formas de
trabalho (procurando desfocar o olhar do entendimento já engessado
cientificamente); trazendo então conhecimentos que são produzidos a partir
desta troca de saberes, que vem burlar a rigidez academicista que trata a
questão do trabalho só enquanto força produtiva, sem considerar as
diferentes potencialidades que podem emanar do mesmo, como a questão do
trabalho imaterial.
Trazendo estes entendimentos é que propomos discutir a questão do
trabalho, que traz como pano de fundo elementos como cooperativismo, ou
ação cooperada, autogestão e auto-análise e as questões sociais que
permeiam esta atividade, neste processo de produção de conhecimento
coletiva.
Comportamento da zona rural de São Lourenço do Sul nas eleições para
Prefeito em 1996, 2000 e 2004
Laíne Jeske Wagner / Instituto de Sociología e Política - Universidade
Federal de Pelotas / laíne.Wagner@ibest.com.br
Alvaro A. B. Barreto / Instituto de Sociología e Política - Universidade
Federal de Pelotas
O trabalho estuda o comportamento eleitoral da zona rural de São Lourenço
do Sul nas eleições para Prefeito de 1996, 2000 e 2004. Para tal, divide o
município entre zonas rural e urbana e analisa-se, em cada uma delas, a
distribuição das preferências entre os partidos concorrentes. Cada pleito
foi abordado individualmente, mas também houve a apreciação comparativa
entre eles. Verificou-se que a zona rural acompanhou os resultados da zona
urbana e do município, qual seja, elegeu o PP em 1996 e 2000 e o PT, em
2004. Todavia, nela, os índices do PP são mais intensos: ele vence com
percentual mais alto de votos em 1996 (63,96%), em 2000 (55,81%) e em
2004, quando perdeu a eleição, mesmo assim o desempenho na zona rural é
melhor (29,98%) na comparação com a zona urbana ou o município. Isso
também se verifica, quando há a análise da divisão dos votos do PP: a zona
rural é, sempre, onde ele obtém a parcela majoritária de sua votação:
60,46%, em 1996; 57,16%, em 2000 e 55,08%, em 2004. Identificado este
quadro, a pesquisa analisa os motivos pelos quais ele tal ocorre, para
isso, serve-se do aporte teórico da interpretação sociológica, a qual
vincula comportamentos políticos mais conversadores a menor intensidade
das interações sociais, o que se verifica no meio rural na comparação com
o meio urbano.
A Dinâmica da relação Executivo–Legislativo, em Pelotas, entre 2001 e
2004
Amilton de Moura Figueiredo / Especialista em Política – ISP/UFPel
Alvaro A. B. Barreto / Professor do Instituto de Sociologia e Política/UFPel
/ albarret.sul@terra.com.br
O trabalho estuda as relações Executivo-Legislativo, no município de
Pelotas, entre 2001 e 2004, período que coincide com a gestão do prefeito
Fernando Marroni (PT), a partir da análise da dinâmica de tramitação, na
Câmara de Vereadores, dos projetos elaborados pelo governo. Os projetos
foram identificados e classificados quanto a: resultado (aprovado,
rejeitado, substituído, retirado, suspenso); tipo de aprovação
(unanimidade, maioria); existência ou não de emendas; temática e ano de
tramitação. Posteriormente, houve o cruzamento das informações, das quais
se destaca um cenário em que a agenda legislativa do Executivo prevaleceu
na Câmara de Vereadores, ao longo do período. Dos 409 projetos elaborados,
335 (81,91%) foram aprovados, sendo 247 (60%) por unanimidade e sem
emendas. Houve apenas projetos foram 10 rejeitados. Embora o número
restrito, essas derrotas ocorreram em projetos estratégicos ao governo,
como a mudança no cálculo do IPTU e a implantação da Taxa de Iluminação
Pública.
Os Catadores Cooperados e o Mercado de Trabalho: O caso dos catadores
de resíduos sólidos da cidade de Pelotas
Pierre Moreira dos Santos / INTECOOP-UCPel / Especialista em Sociologia –
UFPel / amigodudu@pop.com.br
O acelerado ritmo com que a tecnologia digital vem se difundindo nos
últimos tempos tem deixado conseqüências visíveis no processo produtivo. O
trabalho dos catadores cooperados é uma atividade que está paralelamente
aliada a um movimento por melhores condições de vida, é uma estratégia de
sobrevivência, portando um movimento social recente. Tem-se assistido um
intenso debate centrado nos impactos das novas tecnologias assim como as
novas formas de organização do trabalho, a qual têm levantado um conjunto
de discussões relacionadas às condições de trabalho e as questões de
emprego, salário e qualificação, vinculados ao processo de globalização. A
atividade dos catadores organizados em cooperativa caracteriza-se por ser
um movimento social recente e eminentemente urbano na nossa sociedade.
Nessa perspectiva defini-se movimento social como um esforço coletivo,
continuo e organizado que se concentra em algum aspecto de mudança social.
Emergem daí, os seguintes questionamentos: Qual o papel educativo
representado pelos catadores cooperados? São educadores ambientais? Como a
população vê os catadores cooperados? Como os catadores cooperados se vêem
na sociedade?
Zoneamento: representações, significados e identidades
Eduardo Rocha / INTECOOP-UCPel / Doutorando em Arquitetura -UFRGS /
amigodudu@pop.com.br
Cristine Jaques Ribeiro / INTECOOP-UCPel / Doutorando em Serviço Social –
PUCRS
Pierre Moreira dos Santos / INTECOOP-UCPel / Especialista em Sociologia –UFPel
Lívia Malta Pontes / INTECOOP-UCPel / Pscicologia-UCPel
Francine Heidrich Coimbra / INTECOOP-UCPel / Pós-graduanda em Educação –UFPel
Aline Cunha da Fonseca / INTECOOP-UCPel / Serviço Social-UCPel
Rita de Cássia Sodré / INTECOOP-UCPel / Serviço Social-UCPel
Rosi Marrero / INTECOOP-UCPel / Serviço Social-UCPel
Graciela Goulart / INTECOOP-UCPel / Serviço Social-UCPel
Este trabalho procura traduzir vivências em oficinas de zoneamento,
realizadas com grupos de catadores de resíduos sólidos, organizados em
cooperativas, localizadas em diversos bairros da cidade de Pelotas e
acompanhados pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (INTECOOP).
O objetivo inicial é o de construir a idéia de zonear áreas específicas e
temporais para facilitar a atividade de coleta. A idéia desse trabalho é
descortinar as verdades, mostrar o essencial, o resultado de encontros e
desencontros. Há, portanto um mistério, não diria tanto, uma prega, uma
dobra, uma rusga, um estremecimento, uma convulsão. Não se trata de coisas
escondidas, e por uma razão demasiado simples: não há o que esconder. O
mistério vem do modo como se desenrola. Tão claro, tão dócil, tão neutro,
tão distraído de si mesmo, que por vezes nos assusta. Não há drama nesses
encontros. Somos nós e os grupos. Nos são representações. Zonear é
representar. Todo o projeto, todo o desenho, todo o mapa é representação.
A partir de uma perspectiva foucaultiana pensamos que todo projeto é
essencialmente representação política. Diferentes representações e
políticas. Toda essa política de representação se produz por meio de um
processo de significação. Como um grupo os cooperados se representam, se
significam e se identificam. A identidade dos grupos não é fixa; as
identidades são transitórias. A identidade não é só representação do
espaço, mas também do tempo em que vivemos. Uma reflexão sobre as
identidades dos grupos perpassa por áreas movediças, fronteiras, ausências
do discurso.
Vivência e oportunidades: como os jovens concebem seu futuro na
agricultura familiar. Estudo de Caso no município de Morro Redondo-RS
Maria Regina Caetano Costa / Mestranda FAEM/UFPel / reginna7@ig.com.br
Flávio Sacco dos Anjos / FAEM/UFPel / flaviosa@ufpel.edu.br
A agricultura familiar reúne uma diversidade de situações e, para sua
reprodução, é obrigada a buscar estratégias adequadas às condições do meio
no qual está inserida. Em se tratando do processo sucessório, esta
situação não é diferente. Atualmente o número de filhos é menor, o êxodo
rural atinge as populações mais jovens e o envelhecimento da população
soma-se ao processo de masculinização. As dificuldades externadas para a
formação de novas unidades produtivas e o desejo de muitos jovens de não
reproduzirem o papel de seus pais gera muitos dos conflitos ocorridos
durante o processo sucessório.
A literatura aponta que este processo está centrado na figura paterna, e
que as estratégias relacionadas à sucessão não são muito planejadas por
parte da família, tanto no que diz respeito a quem ficará na propriedade
ou de que maneira serão remunerados os excluídos do processo sucessório,
geralmente as filhas.
No presente artigo relata-se experiências observadas a partir de uma
pesquisa de campo realizada no município de Morro Redondo-RS, no qual são
analisados os valores, cotidiano e expectativa de futuro dos jovens filhos
de agricultores.
Campesinato reinventado
Nilson Binda / nilsonbinda@yahoo.com.br
Pierre Moreira dos Santos
Livia Malta Pontes / liviampontes@hotmail.com
Francine Heidrich Coimbra / fransociedade@yahoo.com.br
Cristine Jaques Ribeiro / cristinejr@bol.com.br
Aline Cunha da Fonseca / alinesquizo@hotmmail.com
Rita de Cássia Sodré / ritaesquizo@hotmail.com
Rosi Marrero / rosiesquizo@hotmail.com
Graciela Goulart
Eduardo Rocha
Durante longo período da história o campesinato prevaleceu como modo de
vida e organização social rudimentares. Os vilarejos e cidades nascentes
ainda não comportavam um modo de vida ao ponto de interferir naqueles que
viviam no e do campo: os camponeses. Estes, seguindo o rítimo da natureza
cultivavam a terra acumulando conhecimentos repassados de pai para filho.
Vagarosamente foi crescendo e sendo organizada a agricultura com auxílio
de animais domesticados (e humanos escravizados) e instrumentos
rudimentares. Inúmeras revoltas de camponeses aconteceram nesse processo.
Com a irrupção do capitalismo inúmeros camponeses foram arrebanhados como
trabalhadores em fábricas pujantes e em minas, devastando florestas em
nome do progresso e do desenvolvimento. As cidades cresceram rapidamente e
a população mundial, com algumas exceções, passa a ser majoritariamente
urbana a partir da metade do século XX. O Brasil, não sendo exceção, passa
por este processo. A partir da década de 80, com o surgimento dos
movimentos sociais articulados à Vía Campesina, milhares de agricultores
reinventam o campesinato, um novo modo de vida no campo, contando com as
inovações tecnológicas proporcionadas pela revolução industrial.
A Dança das Cadeiras : A Migração Partidária na Câmara de Vereadores de
Pelotas nas Legislaturas 1983-2004
Vanessa Moreira de Lima / Acadêmica do curso de Pós-Graduação em Política
/ vanessa.lima@universiabrasil.net
Álvaro Augusto de Borba Barreto / Professor do Instituto de Sociologia e
Política
O trabalho estuda a migração partidária na Câmara de Vereadores de
Pelotas, no período de 1983 a 2004, o qual compreende cinco legislaturas.
Procurou-se, inicialmente, identificar as ocorrências da migração
partidária, e organizar essas informações conforme: vereador migrante,
partido de origem e de destino, incidência por legislatura, ano da
legislatura, ano calendário e composição numérica das bancadas.
Posteriormente, analisaram-se os fatores que predispõem à troca de
partidos por parte dos vereadores. Esses fatores foram classificados em
duas categorias básicas (nacional ou local) e a segunda foi subdividida em
outras três motivações (maximização de oportunidade, conflito com o
partido ou conflito com o Executivo). Por fim, houve o cruzamento das
informações, em busca da consolidação de um quadro mais amplo de análise
do fenômeno da migração partidária na Câmara de Vereadores de Pelotas.
Rio Grande: algumas considerações acerca da atual situação desse
município
Jonas Anderson Simões das Neves / Bacharel em História - FURG /
Pós-graduando em Sociologia - UFPel
O presente estudo pretende esboçar uma análise da atual situação de
estagnação econômica da cidade de Rio Grande, tendo por aspectos
norteadores a estrutura fundiária do município, baseada no latifúndio, o
arcaísmo político e a mentalidade da população. O objetivo fundamental do
trabalho é demonstrar de que maneira esses aspectos atuam no sentido de
manutenção da atual situação do município, bem como impedem a superação da
mesma. Procurando responder aos objetivos da pesquisa buscou-se articular
alguns conceitos que consideramos fundamentais na construção da análise
com algumas informações relativas a atual situação municipal. Em termos de
considerações finais o que se fez foi apontar alguns aspectos que podem
vir a ajudar na superação da atual situação de atraso econômico e político
por que passa a cidade.
Incubação de Cooperativas Populares: Mediando Interações Sociológicas
entre Saberes
Eliana Weber Rodrigues / Mestranda em Educação – UFPel / elianasociologia@terra.com.br
Lilian Lorenzato Rodriguez / Mestra em Educação - UFPel / liloren@starmedia.com
Pierre Moreira dos Santos / pós-graduação em Sociologia - UFPel /
amigodudu@pop.com
Mara Denise Larroque dos Santos / pós-graduação em História -UFPel
Caroline Bonilha / graduanda em sociología - UFPel / carolhe7@hotmail.com
Solaine Gotardo / pós-graduanda em Política e Fiolosofia – ufpel /
managotardo@hotmail.com
Janaina da Silva Guerra / graduanda em Serviço Social – UCPEL /
janasguerra@ig.com.br
Ana Júlia Dias Rosa / graduanda em Filosofia – UFPEL / Ana.julias@bol.com.br
Mirian Costa / graduanda em Pedagogia – UFPEL / malvaroc@bol.com.br
Jucenir Garcia / jussors@pop.com.br
A economia solidária surge como alternativa de trabalho frente ao sistema
capitalista. A organização de grupos sob a forma de produção cooperativa
constitui-se como forma de resistência a este contexto de exclusão.
Viabilizando-se economicamente, um empreendimento de economia solidária
poderá proporcionar uma melhor qualidade de vida para os cooperados e suas
comunidades. A incubação de cooperativas é uma prática atual e inovadora e
a participação de estudantes de Ciências Sociais e de outras áreas afins
vem contribuindo para uma melhor compreensão da categoria trabalho como
ação formativa. Pesquisamos um empreendimento incubado pela INTECOOP/UCPel
(Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares), a DunasVest
(cooperativa de vestuário). Participamos de uma equipe interdisciplinar de
incubação e desenvolvemos um trabalho de pesquisa-ação. O trabalho
desenvolvido pela INTECOOP, inclui a assessoria pedagógica e relacional,
da qual fazemos parte, contribui para uma reflexão acerca do processo
formativo de construção de empreendimentos, baseado numa prática coletiva,
solidária e autogestionária. Busca mediar, através de encontros
periódicos, relações entre os saberes populares e os saberes da academia,
com o intuito de colaborar no processo de desenvolvimento dos
empreendimentos, proporcionando que estes se desenvolvam com autonomia,
viabilidade econômica auto-sustentável e relações sociais solidárias e
coletivas.
Formação Profissional e Empregabilidade: Nível de Satisfação do Aluno
da UCPEL
Pedro Ernesto Andreazza / UCPEL / peandreazza@bol.com.br
Christiane Heemann / UCPEL / chrisfau@atlas.ucpel.tche.br
O desemprego de jovens entre 15 e 24 anos teve um forte aumento nos
últimos dez anos, atingindo 88 milhões de desempregados em 2003. Segundo a
Organização Internacional do Trabalho (OIT), a taxa de desemprego entre
jovens chegou a 14,4%. Se tomarmos como referência a última década, a
difusão de novas tecnologias de produção e gestão do trabalho tem sido
apontada como a base de um novo padrão de produção. Ou seja, as novas
tecnologias, apoiadas em novas formas e sistemas de organização da
atividade humana vêm modificando radicalmente os pressupostos da produção
de massa, intervindo diretamente nas relações de trabalho, e
principalmente em quem está para entrar no mercado de trabalho. Esta
pesquisa tem por objetivo principal fazer uma análise bibliográfica de
tecnologia, modelos e formas de organização do trabalho, comparando o
cenário pesquisado em 1996 com o atual, analisando também os desafios da
transição de toda uma nova geração de trabalhadores, o perfil exigido, as
qualificações e inseguranças quanto ao mercado de trabalho, chegando ao
papel da educação e do conhecimento face às tendências deste paradigma
produtivo. O atual estudo pretende apresentar os resultados da pesquisa de
campo que está sendo realizada com os jovens universitários na
Universidade Católica de Pelotas (RS), onde continua investigando e
avaliando, através do nível de satisfação dos entrevistados, os múltiplos
aspectos que envolvem o atual mundo do trabalho, já que os jovens estão
diretamente envolvidos neste novo cenário mundial.
A Comunicação Interna nas Organizações como Ferramenta Motivacional e
de Controle: Estudo de caso em uma empresa do ramo varejista
Ana Rosa Botelho Pereira / aluna da pós graduação em sociologia
O conceito atual de gestão busca proporcionar a máxima satisfação para os
clientes, tanto clientes internos quanto externos e, essa busca deve
ocorrer através da identificação de suas necessidades e desejos e do
adequado uso destas informações nos processos e sistemas da empresa. Para
promover este elevado nível de satisfação no ambiente de trabalho é
necessário construir um eficiente canal de comunicação, onde ela não seja
somente vista como um conjunto de canais que circula informações, mas sim
como um sistema de interações onde o emissor e o receptor se influenciam e
partilham resultados.
É através de uma comunicação dirigida para os funcionários de todos os
níveis, que as organizações conseguirão atingir seus objetivos e metas e,
consolidar e até melhorar sua imagem perante os funcionários e, também ao
mercado.
O presente estudo buscou mostrar a importância da comunicação interna para
o desenvolvimento de um quadro de referência comum a todos os
colaboradores dentro das organizações e, esta conseqüentemente pode a
utilizar como ferramenta para motivá-los e/ou controlá-los.
O Movimento dos Trabalhadores Desempregados: A emergência de um novo
ator coletivo?
Francisco Vargas / ISP/UFPEL / fvargas@via-rs.net
Laura Senna Ferreira / ISP/UFPel
Cassiane Zanatta / ISP/UFPel
A partir de pesquisa em andamento sobre o Movimento dos Trabalhadores
Desempregados - MTD, pretende-se analisar o processo de formação e
organização desse movimento como uma tentativa de construção de um novo
ator coletivo que tem como objetivo organizar as camadas populares urbanas
da sociedade brasileira em situação de forte vulnerabilidade social. Desta
forma, pretende-se investigar em que medida é possível a construção de um
movimento social de desempregados. É possível que o trabalho e a exclusão
do trabalho tornem-se fatores de articulação e organização desses setores
da sociedade brasileira? Não seria o desemprego uma condição
excessivamente instável, provisória e precária na construção de uma
identidade e ação coletivas? A pobreza, a exclusão e a precariedade das
condições de vida de grandes parcelas da população não seriam fortes
obstáculos na construção de um movimento social de massas? A base social
deste movimento seria apenas formada por estes setores vulneráveis ou
abarcaria outros segmentos da sociedade brasileira, como os segmentos
médios empobrecidos?
As estratégias de organização do MTD buscam superar as condições adversas
de organização desses segmentos sociais. É nesse sentido que esse novo
movimento social propõe uma organização baseada na cooperação e autonomia
dos trabalhadores desempregados, incentivando formas de trabalho coletivas
e reivindicando, junto ao poder público estadual, as chamadas frentes
emergenciais de trabalho. Assim, um modelo de organização baseado nos
acampamentos e assentamentos, a reivindicação dessas frentes de trabalho e
as propostas de formação de núcleos de bairro, têm sido utilizadas pela
direção do movimento como estratégias no sentido de superar as
adversidades acima referidas. No entanto, os efeitos dessas estratégias em
termos de ação e organização mostram-se ainda restritos e limitados.
A hipótese desta pesquisa é de que a construção de uma identidade coletiva
a partir do trabalho e, particularmente, da exclusão do trabalho –
estimulando uma ética do trabalho alternativa – mostra-se ambígua numa
“sociedade onde prevalece o trabalho precário” e na qual este trabalho é
freqüentemente um simples meio de subsistência. A construção desse
movimento parece tornar imprescindível uma profunda re-significação dos
sentidos do trabalho para esses grupos sociais, o que constitui uma árdua
tarefa para as direções desse movimento.
O Movimento Operário gaúcho na redemocratização após o Estado Novo
(Um estudo sobre as ralações movimento/partido entre 1945 e 1948.)
Mário Augusto Correia San Segundo / Graduando em História da
Universidade Federal de Pelotas / contramola@yahoo.com.br
Pretende-se, através deste trabalho, montar um quadro da ação do movimento
operário gaúcho no período de janeiro de 1945 a janeiro de 1948.
Analisando três pontos principais: Ocorrências das manifestações da classe
operária (greves, piquetes, passeatas, etc.), como davam-se e que tipos de
lutas eram desenvolvidas nas ações contra as classes dominantes ou Estado;
Suas motivações; Relação destas com o PCB.
E através desses pontos, analisar o grau de independência ou atrelamento
do movimento operário em relação às direções comunistas. E até que ponto
os próprios comunistas obedeciam à risca as determinações de cúpula do
PCB, no meio sindical.
Isso pode demonstrar duas coisas, que são hipóteses iniciais com que
trabalhamos: Primeiro é que o movimento operários se sobrepôs às
indicações partidária a tal ponto que o PCB perdeu o controle sobre os
seus quadros, sendo obrigado a tomar medidas que a princípio não eram
desejadas para aquele período, como a de apoiar as greves. E a segunda
hipótese é a de que não havia movimento predominantemente submisso nem às
direções estatais, e nem às partidárias, muito menos um movimento
genuinamente conciliador de classes, como vinham apontando as análises que
usam como modelo explicativo, para esse período, o “Populismo” ou o
“Trabalhismo”.
Formas de Violência Expressas no Comportamento de Meninas Abrigadas
Priscila Soares Pepe / Universidade Católica de Pelotas
Stéphanie Batista / Universidade Católica de Pelotas
O presente trabalho refere-se às formas de violência expressas no
comportamento de meninas institucionalizadas de 07 (sete) a 18 (dezoito)
anos em um abrigo de proteção vinculado a Secretaria Municipal de
Cidadania da Prefeitura de Pelotas.
A pesquisa tem como objetivo apresentar a problemática da violência no
contexto do Abrigo, fazendo uma relação com os artigos do ECA – Estatuto
da Criança e do Adolescente. Dentro desta perspectiva procura-se abordar a
relação da violência, a maneira como ela se manifesta e se reproduz no
Abrigo, buscando a compreensão das suas particularidades na Instituição.
Também é feita uma análise da política de atenção à criança e ao
adolescente, sua efetivação em relação ao atendimento as crianças e
adolescentes abrigados em medida de proteção.
A metodologia é apresentada com o método qualitativo, procurando trazer o
entendimento, de valores e significados de alguns fenômenos através da
percepção do entrevistado.
Vale ressaltar que a pesquisa em questão é vinculada com a prática de
Estágio Curricular Supersionado, da Escola de Serviço Social da
Universidade Católica de Pelotas – UCPel.
A construção do conhecimento geográfico entre a teoria e a prática
pedagógica: uma experiência do projeto de Professores em Serviço do
Departamento de Geografia e Economia da UFPEL
Rosa Elane Antória Lucas / Doutoranda da FAEM/UFPEL, professora de
Geografia do ICH/UFPEL / rclucas.sul@terra.com.br
Carmen Rejane Flores Wizniewsky / Doutora em Geografia, C. E. D. João
Braga., Professora do Programa de Professores em serviço da UFPEL /
zecojgw@brturbo.com.br
Paulo Quintana / Mestrando em Educação, professor do departamento de
Geografia e Economia da UFPEL
O presente trabalho trata de uma experiência de qualificação de
professores em serviço, que atuam em diferentes municípios da Zona Sul do
estado do Rio Grande do Sul. A Universidade Federal de Pelotas e o
Departamento de Geografia e Economia, contando com o apoio da Prefeitura
Municipal de Jaguarão-RS, está desenvolvendo desde julho de 2002 (até
julho de 2006) o Curso de Geografia Licenciatura Plena, como forma de uma
melhoria na qualificação profissional dos professores. Fundamentalmente o
curso vem desenvolvendo um trabalho de capacitação teórica e metodológica
aos professores que atuam na rede pública municipal.
Tal trabalho é fruto de uma reflexão coletiva sobre o referido projeto, e
trás resultados surpreendentes quanto à eficiência e importância da
qualificação de professores de geografia do ensino fundamental, sem nenhum
tipo de qualificação profissional. Os entrevistados: supervisores,
coordenadores pedagógicos, direção das escolas, além dos próprios
graduandos retratam em seus depoimentos um maior aprofundamento nos
conteúdos, um maior envolvimento profissional e principalmente, foi
detectado um aumento do interesse às aulas de geografia justificado pela
renovação metodológica e enriquecimento teórico.
A sustentabilidade em agroecossistema de várzea na agricultura familiar
Carmen Rejane Flores Wizniewsky / Doutora em Geografia, professora C. E.
D. João Braga / zecojgw@brturbo.com.br
José Geraldo Wizniewsky / Doutor em Agroecologia, professor da FAEM/UFPEL
Rosa Elane Antória Lucas / Doutoranda da FAEM/UFPEL, professora do curso
de Geografia/ICH/UFPEL
Fábio Miguens / Doutorando da FAEM/UFPEL
O presente trabalho se refere a um projeto que está sendo realizado em um
assentamento de reforma agrária localizado no município de Capão do Leão,
na zona sul do estado do Rio Grande do Sul. No intuito de fugir a
recomendações técnicas convencionais para os agricultores familiares,
desde o ano de 2003, se busca construir junto às famílias assentadas em um
projeto oficial de reforma agrária conhecimentos de manejo de
agroecossistemas de “terras baixas”, a partir do referencial científico da
agroecologia. A proposta de investigação está baseada em uma combinação de
técnicas e métodos quantitativos e de caráter experimental, com técnicas
de corte qualitativo como a observação participante. Historicamente as
denominadas “terras baixas”, ou terras de várzeas são destinadas às
lavouras de arroz, cultivando em grandes extensões de terras. Este forma
de cultivo é conduzida com base no padrão tecnológico da agricultura
convencional com a utilização dos “insumos modernos”, como os agrotóxicos,
as sementes melhoradas e o uso intensivo da mecanização agrícola, além da
peculiaridade do uso da irrigação. A agricultura familiar em pequenas
áreas de terras é considerada pelo senso comum, nesta região como inviável
considerando, principalmente os altos custos de produção de uma lavoura
convencional de arroz irrigado. Porém os dados preliminares do ensaio do
primeiro ano do presente projeto demonstram que é possível produzir arroz
em pequenos lotes de terras (abaixo de 30 Há.), porém com uma orientação
tecnológica distinta e com um outro sistema de produção que não o já
“tradicional” arroz irrigado convencional.
Uma nova perspectiva para uma velha questão: organização coletiva ou
individual da produção agrícola familiar em assentamentos de reforma
agrária.
Carmen Rejane Flores Wizniewsky / Doutora em Geografia, C. E. D. João
Braga / zecojgw@brturbo.com.br
José Geraldo Wizniewsky / Doutor em Agroecologia, professor da FAEM/UFPEL
Rosa Elane Antória Lucas / Doutoranda da FAEM/UFPEL, professora de
Geografia do ICH/UFPEL / rclucas.sul@terra.com.br
O presente trabalho está relacionado a pesquisas que vem sendo realizadas
em assentamentos de reforma agrária a partir de 1999. Nos reportaremos
especificamente ao estudo de dois casos realizados em dois assentamentos
localizados na zona sul do estado do Rio Grande do Sul. Um situado no
município de Hulha Negra e o outro em Piratini. A investigação foi
executada em base a técnicas qualitativas de pesquisa, mais
especificamente a entrevista da semi-estruturada, efetuadas aos assentados
e aos técnicos que atuavam como assessores das famílias assentadas. O
primeiro assentamento mencionado passou por algumas experiências de
organização coletiva de produção, em meados dos anos 90 (século XX), via
cooperação. Este processo foi um tanto traumático para as famílias
assentadas, de tal dimensão que os assentados mencionaram em seus
depoimentos uma aversão a tudo o que se refere em coletivo. Um dos
aspectos mais destacados pelos assentados no tocante ao trabalho coletivo
é a avaliação da hora trabalhada. Os assessores técnicos também coincidem
que este é um dos principais problemas para a receptividade por parte dos
assentados em participar de organização da produção e/ou trabalho de forma
coletiva. Em contrapartida no outro assentamento mencionado (Piratini),
por existir, uma experiência de cerca de 10 anos de produção coletiva, as
opiniões dos assentados manifestados em seus discursos são favoráveis ao
processo de organização coletiva do trabalho e da produção. Vários autores
trabalharam esta temática na literatura, donde destacamos os trabalhos de
Navarro (1995,1997), onde o autor critica o modo como a proposta do
“coletivo” foi levada aos assentamentos.
O conhecimento da realidade local como elo no processo de construção
interdisciplinar
Rosa Elane Antória Lucas / Doutoranda da FAEM/UFPEL, professora de
Geografia do ICH/UFPEL / rclucas.sul@terra.com.br
Carmen Rejane Flores Wizniewsky / Doutora em Geografia, C. E. D. João
Braga / zecojgw@brturbo.com.br
José Geraldo Wizniewsky / Doutor em Agroecologia, professor da FAEM/UFPEL
O presente trabalho baseia-se em um relato de experiências em formação de
professores das escolas do campo realizada na área de influência da 5ª
Coordenadoria Regional de Educação – Pelotas, inserida em um projeto de
extensão da Universidade Federal de Pelotas. Entre os programas contidos
no citado projeto estão: a construção histórica da comunidade local
(comunidade escolar), além do conhecimento do lugar em seus diferentes
aspectos.
É de fundamental importância que os educadores do campo tenham uma relação
mais profunda da realidade cultural, histórica e geográfica da comunidade
rural onde está inserida a escola, pois “(...) a educação na realidade
camponesa expressa-se não apenas no espaço escolar, mas nas diversas
formas de manifestação do movimento camponês” (Thirrien, 1993, p.08).
A escola só cumprirá o papel que a sociedade dela espera se esta realmente
ajudar as crianças e jovens desencadear seu processo de desenvolvimento
integral, processo este que começa na interpretação da realidade imediata,
e no despertar da curiosidade e interesse pelo processo de
ensino-aprendizagem. A escola do meio rural deverá priorizar conteúdos que
abordem temas relacionados a realidade local, para tanto é imprescindível
que a escola dentro de uma visão interdisciplinar busque conhecer a
realidade local como forma de melhorar a qualidade do ensino, m,as acima
de tudo revelar que o conhecimento pode ser partilhado objetivando o
crescimento global.
Os benefícios e os malefícios do prolongamento da jornada de trabalho
junto aos trabalhadores da saúde e educação da cidade de pelotas - RS
Jairo Dias Nogueira
Elisabete Pires da Rosa
José Daniel Matos da Silva
Regina Beatriz da R. Baldissera
1 - APRESENTAÇÃO DA PESQUISA
As questões que envolvem o mundo do trabalho vão construindo ao longo
da história redes de complexidade que perpassam todos os períodos da
humanidade, dentre eles, aqueles que dizem respeito às necessidades de
consumo que as pessoas criam ao longo da vida.
Essa contextualização contemporânea apresenta no mínimo algumas
questões paradoxais. Enquanto cresce assustadoramente o número de
desempregados no País e leva um outro grande grupo de trabalhadores ao
mercado informal e ao subemprego, aumenta significativamente o número
de pessoas que prolongam a jornada de trabalha como forma de manter ou
garantir uma melhor qualidade de vida.
2. AS ORIGENS E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA
Esta pesquisa é fruto de estudo realizado no Curso de Mestrado em
Desenvolvimento Social da UCPel, e atualmente servirá como tese de
doutoramento junto à Pontifícia Universidade do RS, e que vem sendo
realizada junto aos trabalhadores das áreas da saúde e educação da
cidade de Pelotas, RS, desde o ano de 2000 e tem como objetivo:a) Estudar os benefícios e malefícios ocorridos com os
trabalhadores das áreas da saúde e educação da cidade de Pelotas , RS
que prolongam suas atividades trabalho após terem cumprido uma jornada
legal.
O HGPE na candidatura “Mais Pelotas”
Elementos para uma discussão sobre marketing político
Clóvis Alberto Camargo Veronez
O trabalho representa um estudo sobre o HGPE (Horário Gratuito de
Propaganda Eleitoral) na televisão, destaca seu papel preponderante nas
campanhas políticas da atualidade, relata uma alternativa para sua
construção e propõe uma discussão sobre seus condicionantes e resultados.
Desenvolveu sua abordagem, a partir do processo de construção do HGPE na
televisão, da candidatura de Gilberto Cunha (prefeito) e de Matteo
Chiarelli
(vice-prefeito), ao pleito municipal na cidade de Pelotas, em 2004,
representando a coligação “Mais Pelotas”, formada pelos partidos PSDB e
PFL.
Do ponto de vista de seu recorte teórico, o trabalho margeia o terreno das
relações entre a mídia e a política, dirigindo seu olhar especifico para o
fenômeno político-eleitoral caracterizado, principalmente, pela
preponderância presumida, sobre outras formas, da comunicação de massa via
televisão, nas localidades em que se apresenta disponível.
A bovine guide to political theory
Márcia Baltar Veronez
Clóvis Veronez
O trabalho apresenta um painel sobre a percepção e representação de
modelos políticos realizado a partir da disciplina de língua inglesa com
alunos da
8ª série do ensino fundamental da escola estadual Monsenhor Queiros.
A temática da política, praticamente inédita no currículo escolar, é
tratada com entusiasmo e criatividade pelos jovens que somam as
informações
contidas no texto outras, oriundas dos seus processos de socialização.
O resultado é um conjunto criativo e revelador das matrizes que moldam as
visões sobre política e sociedade nesse grupo.
A construção da cidadania através do trabalho comunitário: duas
experiências de mobilização cidadã na cidade de Pelotas
Eliana Mourgues Cogoy / Escola de Serviço Social - UCPel
Alfredo Alejandro Gugliano / Instituto de Sociologia e Política - UFPel
Atualmente, vários elementos influenciam a articulação entre trabalho,
questão social e Serviço Social. Por exemplo, o processo de globalização
não só
está transformando as relações sociais na esfera macrossocial, abrangendo
as negociações entre os Estados e suas políticas, mas também no campo
microssocial, envolvendo aspectos que se relacionam com a vida cotidiana
dos cidadãos e seu sentimento de coletividade.
Partindo-se do entendimento de que a análise de qualquer processo
contemporâneo pressupõe a apropriação dos cenários que antecedem a
realidade
atual, faz-se necessário, abordar o desenvolvimento histórico das
transformações que compõem a sociedade e suas conseqüências. Neste
trabalho,
resgatam-se alguns fragmentos marcantes da evolução da cidadania através
das políticas sociais do século XX e a contribuição do Serviço Social
referente às possibilidades de expansão da cidadania, a partir da análise
de duas experiências comunitárias, realizadas através da intervenção da
UCPel.
As considerações realizadas objetivam contribuir para novas produções na
área ciências sociais.
Comportamento clientelista no Brasil: predisposição dos eleitores em 2002
Francislene dos Santos / Graduação em Ciências Sociais (Bacharelado) –
UFPel / francislene_isp@hotmail.com
Robson Loeck / Professor ISP-UFPel
O comportamento clientelista está atrelado a nossa história política desde
os primórdios do descobrimento até os dias atuais e seu estudo continua
sendo importante para a análise das relações políticas no Brasil.
Anteriormente ocorria pela incapacidade política dos eleitores e
atualmente ocorre pela necessidade e facilidade dos mesmos em obter
vantagens “fáceis” e imediatas, ocasionadas pela inabilidade dos governos
em instituir políticas públicas eficazes para o combate das desigualdades
socioeconômicas no país. Este trabalho analisa as características e a
amplitude dos eleitores que “aceitam” as práticas clientelistas.
O Crescimento do Setor Informal nas Relações de Trabalho
Ricardo Gonçalves Severo / graduando em Ciências Sociais – Universidade
Federal de Pelotas / ricardo.severo@click21.com.br
Com a chamada 3ª Revolução Tecnológica, baseada na informática e robótica
e tendo como modelo de produção o toyotismo, tem início o período
denominado acumulação flexível, com incremento da utilização de capital
constante e redução do capital variável, onde se observa a utilização de
mão-de-obra altamente especializada, em contraposição ao período anterior
(fordismo/taylorismo), onde prevalecia o operário-massa ou parcializado,
reduzindo em escala nunca vista antes o emprego de força-de-trabalho na
produção direta das indústrias. Necessário, no entanto, à realização de
patamares de acúmulo capitalista que correspondam aos investimentos em
capital constante o emprego de força-de-trabalho de forma flexível,
denominado trabalho informal, onde não se observa jornada formal de
trabalho, aumentando a exploração destes trabalhadores. Esta operação
ocorre de
forma a buscar a redução dos custos da produção, e se expressa através da
utilização de terceirizações, trabalho de meio-período e nas relações
dissociadas da produção, como vendedores ambulantes, catadores e etc. O
que anteriormente era um custo, através de recebimento de salários, não o
são mais, pois seus rendimentos dependem diretamente da realização da
mercadoria. Assim os trabalhadores recebem somente quando realizam a
mercadoria, ou seja, na venda.
A utilização da imagem do Brizola pelo PDT
Luceni Hellebrandt / Graduanda em Ciências Sociais ISP-UFPel / luceni@metodo.inf.br
Robson Loeck / Professor do ISP-UFPel
Este trabalho busca analisar a utilização da imagem do Brizola pelo
Partido Democrático Trabalhista (PDT), após a sua morte. Para tal, estamos
fazendo um levantamento das teorias de formação da imagem, o papel da
imagem visual e da imagem mental, e dos mecanismos para a formação e a
manutenção da imagem pública, visando saber como se aplicam ao caso de
Brizola e os meios que o PDT vem utilizando para revivê-lo no
imaginário coletivo e transferir seus feitos positivos para o partido. Os
materiais que estão sendo utilizados na pesquisa são: cartazes, símbolos,
programas para televisão e páginas na internet do PDT.
Os reflexos do Projeto Político Pedagógico em construção da Casa da
Criança São Francisco de Paula no Desenvolvimento Infantil
Wanda Griep Hirai / Casa da Criança São Francisco de Paula e UCPEL / wanda.hirai@gmail.com
Mara Brum / Casa da Criança São Francisco de Paula e UCPEL
Ana Helisa Anselmo Garcia / Casa da Criança São Francisco de Paula e UCPEL
A educação infantil tem despertado o interesse de diferentes áreas do
conhecimento originando trabalhos interdisciplinares capazes de gerar
espaços de produção que incentivam o desenvolvimento do pensamento, da
afetividade, dos valores, da diversidade cultural, étnica e social, o
acesso aos direitos sociais e a vivência de diferentes experiências
individuais e coletivas voltadas para o desenvolvimento da autonomia e da
participação do homem na vida social. Este trabalho objetiva apresentar a
proposta político-pedagógica em construção na Casa da Criança São
Francisco de Paula que se fundamenta em teorias sócio-interacionistas das
quais resultam atividades ligadas à vida cotidiana das crianças e das
famílias possibilitando o seu desenvolvimento e inclusão social. Nessa
perspectiva, este trabalho apresenta também o resultado de uma pesquisa
aplicada pela acadêmica do curso de Serviço Social junto aos diferentes
segmentos envolvidos no processo de educação infantil da referida
Instituição.
A importância da pesquisa acadêmica no processo de trabalho do
Assistente Social junto à famílias em situação de risco social
Wanda Griep Hirai / UCPEL e Casa da Criança São Francisco de Paula / wanda.hirai@gmail.com
Daniele Mendes Nunes / UCPEL e Casa da Criança São Francisco de Paula
Simone Neves da Silveira / UCPEL e Casa da Criança São Francisco de Paula
Thaís Cenci Dariva / UCPEL e Casa da Criança São Francisco de Paula
O processo de trabalho do Assistente Social situa-se dentro da divisão
social e técnica do trabalho coletivo, e tem como matéria prima,
diferentes questões que o instigam à permanente busca de alternativas de
intervenção junto à seus demandatários. Desta forma, o presente trabalho
apresenta o resultado de pesquisas elaboradas por acadêmicas do Curso de
Serviço Social durante a realização do Estágio Curricular na Casa da
Criança São Francisco de Paula tendo como focos: 1)O perfil
sócio-econômico das famílias atendidas no ano de 2004. 2) Como essas
famílias vivem o
lazer e como isso influência o desenvolvimento das crianças e: 3) A
dependência química em meio às famílias atendidas pela Casa da Criança São
Francisco de Paula. Trata-se de pesquisas quanti-qualitativas que tem por
finalidade subsidiar as acadêmicas na elaboração de projetos de
intervenção que objetivam a transformação da realidade social das famílias
atendidas na perspectiva de fortalecimento do núcleo familiar bem como na
melhora da qualidade de vida destas.
Trabalho prisional como alternativa de reinserção social
Ana Carolina Jardim
Daniela Yunes Abrahão
Este estudo visa identificar de que forma o trabalho pode ser um meio de
garantir ao apenado sua reintegração social.
Tendo em vista que a maioria dos apenados do Presídio Regional de Pelotas,
encontram dificuldades de se inserirem no mercado de trabalho pela
estigmatização decorrente da estrutura social em que estão inseridos.
Também existe a dificuldade de encontrarem oportunidades de trabalho
quando estão aptos , visto que alguns encontram-se em regime aberto e
semi-aberto.
Dentro do espaço prisional existe a tentativa por parte dos trabalhadores
Sistema municipal de defesa do consumidor – Um canal de acesso à cidadania
Leonardo Holz Prestes / Aluno Pós-Graduação Sociologia e Política – ISP /
prestessitiogeral@ig.com.br
O Sistema Municipal de Defesa do Consumidor instaurado pela – Lei
Municipal 4532/2000, trabalha a idéia de integração do órgão com a
comunidade onde dentro dos conselhos diretivos, consultivos e
deliberativos, vários segmentos da comunidade se fazem presentes com o
intuito de integração e interação.A presente proposta de trabalho é
baseada na experiência de instalação do PROCON Municipal em Pelotas, no
ano de 2004 onde nos utilizamos, de vários princípios no intuito de
atingir objetivos como participação democrática, transparência, confiança
e a efetivação na solução dos litígios.
Dentro da ótica da Proteção e da Defesa do Consumidor um Órgão de Defesa
do Consumidor pode adotar condutas distintas, atuando somente com as
reclamações, com uma visão de Atuações Prévias, ainda com Atuações de
Ofício, ou com boa estrutura e utilizando-se de todos os atributos legais
reunir em uma só força todas as atuações citadas fazendo que com isso
tenhamos uma maior efetivação dos direitos do consumidor. Constata-se
também que a maior carência em torno da temática é realmente a falta de
instrução geral, e para o consumo, fazendo com que assim seja ainda mais
importante o papel deste sistema que visa antes de tudo educar para um
consumo racional.
Este apanhado geral que ora exponho em forma de trabalho é resultado de
esforço coletivo no intuito de implementação de uma defesa e proteção do
consumidor efetiva, que pretendia antes de tudo trabalhar um conceito de
procedimentos direcionados para uma maior publicidade das condutas do
órgão de defesa do consumidor, propiciando assim uma maior qualidade na
prestação dos serviços.
Modos de viver em assentamentos de Reforma Agrária
Aline Cunha da Fonseca
Cristine Jaques Ribeiro / cristinejr@bol.com.br
Eduardo Rocha
Francine Heidrich Coimbra
Graciela Marques Goulart
Lívia Malta Pontes
Nilson Binda
Pierre Moreira dos Santos
Rita de Cássia Sodré Silva
Rosi Marrero Duarte
Este trabalho tem o objetivo de apresentar o acompanhamento dado as
iniciativas que produzem ações cooperadas em assentamentos de Reforma
Agrária pelo Programa INTECOOP do núcleo UNITRABALHO-UCPel. Este programa
conta com o grupo de pesquisa nomeado Gestão Relacional que tem a proposta
de considerar o tema participação a partir dos diferentes processos que
surgem coletivamente.
Os modos de viver em assentamentos de Reforma Agrária expressam um
cotidiano que constrói a partir das experiências entre as famílias
tentativas de autogestionar e auto-analisar o lutar, o morar, o plantar, o
orar, entre outros, que reinventam a partir da criatividade a produção da
própria vida de quem está implicado numa realidade que se realiza a cada
dia, ou seja, que não está definida, fechada, regrada ao ponto de não
suportar mudanças.
Então, a participação assegura a existência de saberes coletivos e ações
cooperadas nos assentamentos que surgem num processo de discussão e
vivência não dependentes. Portanto, os modos de viver criados
coletivamente são conectados as necessidades também criadas e, assim,
nesta relação, multiplicidades são manifestadas como potencialidades.
Partido Comunista Brasileiro Revolucionário: Entre o Leninismo e a
Autonomia
Renato da Silva Della Vechia / Prof. de Ciência Política da Ucpel /
renatodv@zaz.com.br
Esse trabalho busca resgatar a origem e história de uma das organizações
de esquerda que surgiu no período de 1968 a partir das dissidências dentro
do Partido Comunista Brasileiro. Inúmeras organizações irão surgir nesse
período, sendo que a maioria das mesmas irá aderir ao processo de luta
armada contra o regime militar. Entre as diversas diferenças políticas e
ideológicas entre elas, uma se destacava: a manutenção de uma estrutura de
partido ou a criação de organizações sem estrutura de partido e com
liberdade de ação por parte dos comando militares da organização. O fundo
dessa discordância era proveniente da influência da influência da
Revolução Cubana entre os militantes de esquerda na América Latina através
da Teoria do Foco, onde a ação de partido era considerada desnecessária.
Por outro lado, também é fruto da retomada dos debates sobre concepção de
partido revolucionário e a relação dos partidos com os movimentos de
massas, debate presente no pensamento marxista europeu durante toda a
primeira metade do século XX. O PCBR buscou aliar a concepção leninista de
partido com as posições de defesa da autonomia do movimento de massas
frente aos partidos, concepção defendida pela marxista alemã Rosa
Luxemburgo, entre outros. O trabalho, portanto, busca estudar o contexto
em que este debate se realizou na esquerda brasileira durante o regime
militar.
Economia solidária: uma questão para o serviço social
Jane Cláudia Jardim Pedó / Professora Assistente do Centro Universitário
Franciscano/ UNIFRA Santa Maria, RS. Mestre em Serviço Social da PUCRS.
Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia da UFPEL, área de
concentração em Produção Vegetal / janepedo@unifra.br, janepedo@ig.com.br
Zelir Terezinha Valvassori Bittencourt / Bolsista PROBIC. Acadêmica do
Curso de Serviço Social, 5º Semestre
Kellen Gomes de Oliveira / Acadêmica do Curso de Serviço Social, 5º
Semestre
O Curso de Serviço Social do Centro Universitário Franciscano / UNIFRA
desenvolveu uma pesquisa voltada para a temática de Economia Solidária,
com a participação de quatro acadêmicas, integrantes do quarto e do oitavo
semestre, tendo como motivação a tentativa de conhecer trabalhos ligados a
este campo. Com o objetivo de conhecer e mapear os espaços de
comercialização de dez grupos de EPS sendo seis da área urbana e quatro da
área rural, no município de Santa Maria, no Estado do Rio Grande do Sul,
que integram a Cooperativa Mista dos Pequenos Produtores Rurais e Urbanos
(COOESPERANÇA). Este objeto de estudo é relevante porque vem se tornando
uma demanda que emerge da população menos favorecida, além de ser campo de
atuação multiprofissional como tentativa de reconstrução da identidade
cidadã, no resgate do trabalho, dentro da lógica da solidariedade. Ao
final da pesquisa se identificou a existência de seis espaços de
comercialização, localizados em sua grande maioria no centro da cidade. Os
sujeitos envolvidos são naturais de Santa Maria, predomina a religião
católica, a maioria mora no perímetro urbano, renda entre um e quatro
salário mínimos que denota um sinal bastante positivo, já que a renda é
obtida com o produto de trabalho desenvolvido dentro do projeto de EPS.
As conseqüências de uma possível modificação do Sistema Eleitoral no
padrão de comportamento dos parlamentares.
Solaine Gotardo / Pós-Graduanda em Política ISP/UFPel / managotardo@terra.com.br
O Brasil convive há muitos anos com um sistema eleitoral conhecido como
voto proporcional de lista aberta. Este sistema, acrescido da não
fidelidade partidária, construiu ao longo dos anos uma cultura
personalista e fisiológica no sistema político. O fato dos partidos
necessitarem de pessoas conhecidas como “puxadores de voto”, para
ampliar(ou até mesmo manter) a representação partidária, fez com que os
critérios de fidelidade programática e partidária ou até mesmo de
capacidade política, fossem postos de lado em detrimento de pessoas
carismáticas e/ou populistas. A partir desta perspectiva surge a proposta
de revisão do sistema político do qual hoje o país está inserido, visando
corrigir minimamente tais distorções produzidas pelo mesmo. Por conta
disso, o presente trabalho procura investigar quais seriam as
conseqüências desta reforma no comportamento dos parlamentares, e quais os
mecanismos a serem adotados a partir das possibilidades de uma novo
cenário eleitoral.
A presente pesquisa pretende partir do arcabouço teórico disponibilizado
principalmente segundo a leitura de Argelina Figueiredo e Fernando Limongi.
Para
contato utilize: loecks@uol.com.br
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