Seminário_05_04_13 - 2013-04-03
Seminário PPGB 2013

Data: 05.04.2013
Título: IMUNOTERAPIA PARA CÂNCER SUPERFICIAL DE BEXIGA: NOVAS ABORDAGENS
Aluna: Karine Begnini
Orientador: Fabiana Seixas
O seminário abordará a utilização de imunoterapia como estratégia biotecnológica no estudo do câncer, principalmente do câncer de bexiga. O câncer de bexiga é um tumor maligno que se desenvolve no trato urinário e cresce a partir do revestimento interno do órgão, se propagando para o interior da cavidade. Pacientes que apresentam carcinomas superficiais da bexiga são geralmente tratados por ressecção transuretral de diagnóstico (TUR) e controle local da carcinogênese com imunoterapia intravesical subseqüente. Após a ressecção transuretral, a imunoterapia intravesical com Bacilo Calmette-Guérin (BCG) é considerada o tratamento adjuvante de escolha, visando a eliminação residual do tumor e reduzindo o risco de possíveis recidivas e progressões da doença. Aprovada em 1990 pela FDA, a imunoterapia com instilação intravesical de Bacilo Calmette-Guérin (BCG intravesical) constitui um imunoterápico padronizado para utilização em tumores não invasivos de bexiga, sendo considerado padrão ouro para carcinomas in situ.
A imunoterapia com BCG geralmente seja bem tolerada pelo paciente, porém em alguns casos algumas complicações podem ocorrer, como febre alta, pneumonite, reações alérgicas, obstrução ureteral, bexiga contraída e sepse por BCG. O sucesso do BCG como agente imunoterápico vem promovendo o desenvolvimento de pesquisas que buscam maneiras de manter ou melhorar sua eficácia terapêutica, porém reduzindo o perfil de efeitos colaterais. Com este intuito, técnicas de transferência gênica e associação com compostos imunogênicos, como a própolis vermelha, podem fornecer novas estratégias terapêuticas. Carcinomas de bexiga parecem ser alvos ideais para utilização de imunoterapia in situ, principalmente devido à rapidez e segurança em sua aplicação.